Os investimentos possuem diversas vertentes importantes a serem observadas. Por isso, cada pessoa deve analisar qual tipo de aplicação mais tem a ver com seu perfil e necessidade do momento.
Mesmo que seus objetivos não estejam muito claros inicialmente, há sempre uma modalidade que melhor se adequa aos seus critérios. Com isso, é importante aprender a direcionar os recursos para os produtos certos, a fim de obter rentabilidade nos negócios.
A tarefa em si não é fácil, pois segundo o analista de Produtos de Investimentos e Seguros do Banco Mercantil, Daniel Oliveira, existem várias questões que devem ser observadas na hora de buscar uma categoria de investimento.
Ao pensarmos em renda fixa, por exemplo, que são as modalidades de investimentos mais conhecidas, devemos priorizar a condição de liquidez, o prazo pretendido, o tipo de remuneração e a qualidade do emissor.
Reserva de emergência
Entre as possibilidades está a reserva de emergência – aquele recurso que você tem para usar excepcionalmente em imprevistos como perda de emprego, falecimento de algum familiar, problemas de saúde, entre outros.
De acordo com o analista do Mercantil, o ideal é que cada pessoa tenha guardado o equivalente a 6 a 12 meses da sua renda mensal, para situações desse tipo. “A reserva de emergência é o primeiro passo do investimento. Se a pessoa tem uma quantia guardada para imprevistos, já está à frente da maioria da população brasileira e pode evitar muita dor de cabeça e endividamento”, aponta o analista. Ele ainda afirma que não dá para se arriscar em investimentos mais ousados caso a pessoa não tenha ao menos uma reserva que pode ser resgatada no momento que ela precisar.
Para estes casos, a indicação é buscar títulos de renda fixa pós-fixados e com alta liquidez, como os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) de liquidez diária. Esse tipo de investimento é emitido por instituições financeiras e o Tesouro Selic, garantido pelo Tesouro Nacional e possuem baixo risco, uma rentabilidade maior que a Poupança e uma alta liquidez, podendo ser resgatado a qualquer momento.
Médio prazo
Já para quem tem perfil para os investimentos de médio prazo, a dica é trabalhar com ativos dentro de 1 a 5 anos. Ou seja, eles são indicados para o cliente que já tem uma reserva de emergência, mas planeja realizar uma viagem, trocar de carro ou, quem sabe, reformar a casa.
Essas modalidades podem ter taxas pré ou pós-fixadas, que devem ser avaliadas de acordo com o momento atual da economia e a variação da Selic. “Se há uma perspectiva de queda na taxa de juros, os títulos prefixados a uma taxa mais elevada são uma boa opção. Entretanto, se a tendência é de aumento dos juros, vale a pena investir nos pós-fixados para acompanhar esse movimento de alta”, explica o executivo.
Para investimentos de médio prazo, títulos privados de renda fixa de instituições financeiras como CDBs, LCAs, LCIs e Letras Financeiras, com prazos mais alongados e sem possibilidade de resgate antecipado, são boas opções e oferecem ao investidor uma rentabilidade mais elevada.
Longo prazo
Por fim, para o investidor que tem um recurso extra, recomenda-se optar por uma carteira mais diversificada, com uma combinação de ativos e liquidez variável.
Este tipo de investimento é mais comum entre pessoas que buscam fazer uma economia para a aposentadoria ou para a faculdade dos filhos, por exemplo, requerendo um certo conhecimento na área.
Segundo Oliveira, o prazo é um fator determinante na escolha dos melhores investimentos, pois determina o grau de risco e a rentabilidade do produto. “Quanto maior o prazo, maior a rentabilidade, mas também maior a incerteza. Quanto mais risco, mais ganho”.
O mais importante em tudo isso é sempre estar atento aos gatilhos de comportamento. Isso significa que a pessoa precisa entender o que deseja e o que tem para não comprometer a reserva de emergência ou seus objetivos mais importantes que farão parte do seu caminho.