Educação financeira

O que é uma reserva de emergência? Veja como montar a sua!

Atualmente muito se fala em reserva de emergência, mas nem todos sabem o que é e como montar uma.

E um dos motivos disso pode ser a falta de conhecimento sobre a educação financeira. 

Além disso, não ter uma reserva de emergência pode fazer com que em momentos de aperto financeiro você tenha que fazer dívidas.

Para se ter uma ideia, um estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC), feito em fevereiro de 2021, trouxe à tona uma realidade alarmante: mais de dois terços das famílias consultadas estavam endividadas. 

E o vilão era nada menos que o cartão de crédito, representando 80% desse endividamento, com suas taxas exorbitantes.

Mas, e se houvesse um escudo contra esses gastos surpresa, uma forma de se blindar contra as tempestades financeiras? É aqui que entra a reserva de emergência, o seu fundo de segurança pessoal. 

O que é uma reserva de emergência?

Caso não saiba, a reserva de emergência é um determinado valor que tem como objetivo cobrir gastos inesperados ou em momentos que você possa vir a ficar desempregado. 

Despesas médicas não cobertas pelo seguro, reparos domésticos urgentes, honorários advocatícios inesperados ou a perda súbita de renda, a reserva de emergência é a sua rede de proteção para todos esses cenários.

Mais do que um simples fundo, é a garantia de que você não precisará se endividar e pagar mais no futuro devido aos juros. 

Por isso, antes de pensar em ações ou na aposentadoria, a reserva de emergência deve ser sua prioridade número um.

Como montar sua reserva de emergência?

Agora que você já entendeu melhor sobre a importância de ter uma reserva de emergência, é hora de começar a construir a sua. 

Mas como fazer isso? Antes de mais nada, você precisa levar em consideração alguns fatores para começar a montar a sua reserva de emergência.

Por isso, pense nos seguintes pontos:

  • Determine o valor ideal para sua reserva;
  • Procure maneiras de economizar dinheiro;
  • Avalie as melhores opções para para manter seu fundo de emergência seguro e acessível;
  • Busque orientações sobre quando é o momento certo para usar esse recurso.

Como calcular o valor ideal da reserva de emergência?

Outra dúvida muito comum entre os brasileiros é sobre como determinar o valor ideal para sua reserva de emergência.

Afinal, este é um passo importante para sua tranquilidade financeira. 

Para isso, vamos te ajudar a pensar e considerar alguns fatores. O primeiro deles é o seu custo de vida.

Você precisará avaliar seus gastos mensais para manter seu estilo de vida. Não esqueça de incluir as suas despesas fixas e variáveis.

Por isso, coloque na ponta do lápis todas as despesas que você tem atualmente na sua casa.

Caso você seja servidor público, o risco de ficar desempregado é menor. Por isso, uma reserva de três a seis meses de custo de vida pode ser suficiente.

Agora quem é funcionário de empresa privada, precisa ter uma reserva de emergência de, pelo menos, seis meses do custo de vida.

Os autônomos e empreendedores possuem um risco elevado de terem dívidas, isso se dá devido às flutuações de renda.

Por isso, é importante considerar uma reserva de no mínimo 12 meses.

Lembre-se, esses são valores de referência e devem ser ajustados conforme sua realidade e fontes de renda adicionais, como investimentos passivos.

Como juntar dinheiro para a reserva emergencial?

A ideia de economizar uma quantia significativa pode ser intimidante, mas é um processo gradual. 

Para começar organize as suas finanças. Abaixo separamos algumas dicas!

  • Avalie seu orçamento mensal: conheça seus gastos mensais. Para isso, você pode usar aplicativos de finanças ou planilhas para organizar suas despesas e receitas;
  • Controle de Gastos: se estiver gastando mais do que ganha, é hora de cortar despesas desnecessárias e priorizar a reserva;
  • Defina um valor de aporte: mesmo que seja uma pequena porcentagem da sua renda, comece a poupar. Com o tempo, você pode aumentar esse valor conforme se adapta ao hábito de economizar.

O importante é começar, mesmo que seja com pouco. Com o tempo, você verá seu fundo crescer e poderá ajustar seus aportes para atingir sua meta mais rapidamente.

Onde guardar a reserva de emergência?

A escolha do local para guardar sua reserva de emergência é tão importante quanto a decisão de economizar. 

Embora a poupança seja a opção mais conhecida, ela nem sempre é a mais vantajosa. 

Por isso, é de extrema importância avaliar as opções como fundos de renda fixa com liquidez diária, CDBs com liquidez imediata ou até mesmo algumas contas de poupança digital.

Estas últimas costumam oferecer rendimentos superiores à poupança tradicional, sempre considerando a segurança do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) quando aplicável.

Quando se trata de proteger seu futuro financeiro, a escolha do investimento para sua reserva de emergência é fundamental. 

Com esses critérios em mente, seu dinheiro não apenas estará seguro, mas também trabalhará para você, mantendo seu poder de compra. 

Aqui estão algumas das melhores escolhas para alocar sua reserva de emergência:

Tesouro Selic 

Um clássico entre os investidores conservadores, o Tesouro Selic oferece segurança e liquidez diária, com rendimentos atrelados à taxa Selic, garantindo que seu dinheiro cresça de forma estável.

Fundos DI com baixa taxa de administração

Para os que valorizam a conveniência, esses fundos são uma excelente escolha, desde que as taxas de administração sejam menores que 0,5% ao ano, para não comprometer os ganhos.

CDB com liquidez diária

Os Certificados de Depósito Bancário são uma ótima alternativa para diversificar e contam com a segurança do FGC até R$250.000,00.

Contas remuneradas em fintechs ou bancos digitais

Muitos bancos digitais oferecem remuneração diária sobre o saldo, com taxas superiores às da poupança tradicional, o que pode ser uma opção mais lucrativa.

LCI e LCA com liquidez

Para quem pode se dar ao luxo de esperar um pouco mais para acessar os recursos, essas letras de crédito são isentas de Imposto de Renda, o que pode representar uma vantagem fiscal significativa.