Economia

Pix tem sido o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros

O Pix chegou e realmente ganhou o público brasileiro. Desde sua implantação, ele está entre os meios de pagamento mais utilizados no país e, segundo dados da Febraban, o Pix já representa mais de 90% de todas as operações bancárias no Brasil, atingindo a marca de R$ 17 trilhões em 2023. 

O valor significa uma alta de 57,8% comparado a 2022, quando as movimentações totalizaram R$ 10,89 trilhões.

No entanto, há ainda outros meios de pagamento que são bastante utilizados por aqui, como é o caso do cartão de crédito, por exemplo, que segue sendo um meio de pagamento muito importante para o comércio e as empresas em geral.

“Cada produto é elaborado considerando um público específico que será alcançado na ponta do mercado financeiro. Os consumidores finais de cooperativas de crédito, especialmente aqueles em cidades do interior, continuam a dar preferência a produtos que requerem interação presencial nas agências”, afirma Giordani de Oliveira, CTO da CashWay.

De acordo com o especialista, esse tipo de público tem maior confiança na utilização de serviços como saques em dinheiro e transações com cheques, porque eles valorizam o contato direto, conhecem os profissionais que os atendem na instituição e optam por realizar pessoalmente depósitos e pagamentos.

Tipos de pagamentos

Recentemente, o serviço de DOC foi encerrado por ter caído em desuso pelos consumidores. Inclusive, ao longo de 2022, somente 3,7% do total das operações bancárias foram feitas por meio dele.

Já o TED ainda segue sendo uma opção para muitas pessoas, visto que o Pix possui limites diários e outras características. Números do Banco Central apontam que o TED representou 42% do volume total transacionado no segundo trimestre do ano passado.

Outro meio de pagamento que ainda ocupa a rotina dos brasileiros é o velho e bom boleto, pela possibilidade de organização que o documento garante para o usuário final. Atualmente, os boletos seguem com o famoso código de barras, porém, eles também já contam com um QR Code que habilita o pagamento via Pix.

“A grande maioria dos clientes da CashWay que vêm utilizando a modalidade de boleto já inclui a opção do pagamento por Pix (QR Code) pela facilidade. Ou seja, as instituições estão aptas a receber dessa forma. Em 2023, cerca de 4 bilhões de transações foram realizadas por meio do boleto no Brasil. É um volume relativamente baixo comparado aos 17 trilhões do Pix em 2023, mas não chega perto de ser desprezível”, comenta o executivo da empresa.

Débito e crédito

Os cartões também são meios de pagamento extremamente importantes no cenário financeiro. A grande diferença entre o Pix e o débito é para a instituição que recebe o pagamento, por conta das taxas aplicadas pelo uso do cartão. No entanto, a categoria crédito ainda conta com muitos benefícios interessantes para os usuários, como clubes de fidelidade, milhas, cashback, organização da fatura, possibilidade de compras internacionais, entre outros.

Essas vantagens são importantes, inclusive o parcelamento, que também já existe na ferramenta do Pix, facilitando o pagamento de escolas, academias, planos de saúde e muito mais.

Dinheiro digital

Já o Drex (o real digital), mesmo ainda em fase de testes, promete uma adesão significativa no Brasil. Ele não é um produto que competirá com o Pix, pois não possuem a mesma função. O uso mais importante do Drex está na possibilidade de atrelar uma quantia a um determinado contrato virtual. Ou seja, para o momento da aquisição de um apartamento ou um veículo, por exemplo, a ferramenta servirá para reservar um valor no instante em que o contrato for validado pelo cartório.

Por fim, o dinheiro impresso – uma opção cada vez menos utilizada pelos consumidores. Hoje em dia, é comum ver todos os tipos de serviços indicando um número de Pix para que as pessoas possam pagar o produto que adquiriram, pois são poucas as pessoas que têm dinheiro em espécie para o pagamento.