O Banco Central anunciou na semana passada uma redução na taxa básica de juros do Brasil (Selic) para 12,25%. A decisão veio em linha com o esperado pelo mercado financeiro, impactando, inclusive, investidores de todos os portes.
Com o anúncio do Comitê de Política Monetária do BC, alguns especialistas orientam que os investidores tenham cautela e estudem onde investir seu dinheiro. Isso porque, segundo o Copom, os cortes na Selic continuarão acontecendo nas próximas reuniões, o que demanda um planejamento em relação às aplicações em ações e renda fixa.
Como todos sabem, a taxa básica de juros norteia todo o sistema financeiro do país. É por meio dela que as instituições adotam preços aos produtos e serviços oferecidos, fazendo com que haja uma certa organização na oferta e demanda.
Se tratando do setor de investimentos, a redução da Selic pode influenciar nos rendimentos apresentados pelos tipos de ativos. Por isso, é essencial acompanhar de perto as transformações diante do novo cenário econômico e ter atenção aos detalhes que surgem nesse emaranhado de informações.
Investimentos Pós-fixados
Na renda fixa, os ativos associados à taxa Selic e ao CDI são altamente recomendados neste período de baixa. Eles oferecem previsibilidade e rendimentos atrativos, especialmente em aplicações de curto prazo.
Investimentos Pré-fixados
Já os títulos com retorno fixo têm ganhado destaque nas recomendações. Atualmente, especialistas veem oportunidades particularmente em títulos de prazos intermediários ou curtos, considerados menos voláteis em comparação com os de longo prazo.
Títulos IPCA
Com cenários econômicos mais instáveis, os investimentos de longo prazo em ativos atrelados à inflação são uma ótima opção. Além disso, as taxas oferecidas nesses ativos também são atraentes – observando o cenário internacional e preocupações fiscais internas.
Investimentos em ações
Sobre as ações, todo cuidado é pouco! A rentabilidade dos modelos de negócios das empresas está sempre atrelada à inflação, o que dificulta saber qual será o resultado final. As ações de setores sensíveis aos movimentos dos juros também são um ponto cego nesse percurso, já que demandam certas manobras nem sempre aplicadas a outros setores.
Vale lembrar que, atualmente, as empresas relacionadas ao setor de mineração podem se beneficiar de um potencial surpreendente da China. Por outro lado, empresas com receitas consistentes, margens de lucro operacional elevadas e potencial de crescimento a curto e médio prazo também podem ser atrativas, mesmo com alto nível de endividamento.
Fundos Imobiliários
Os Fundos Imobiliários, por sua vez, devem sofrer com mudanças no cenário, gerando volatilidade no mercado. O destaque está nos FIIs de tijolo, que investem diretamente em imóveis.
Fundos de investimento
Por fim, fundos de infraestrutura continuam sendo uma escolha sólida para investidores em busca de diversificação. Ou seja, fundos de crédito privado – focados em títulos de dívida de empresas não financeiras – são recomendados pelos especialistas do mercado.