Por enquanto ainda não. Mas há alguns casos em que essa operação pode ser possível e também há outras alternativas para você fazer pagamentos sem usar o saldo da sua conta corrente.
Vamos falar do Pix
Apesar da novidade, o Pix caiu no gosto do brasileiro e já é a segunda forma de pagamento mais utilizada pelos consumidores no país, de acordo com um levantamento feito pela empresa de pagamentos Fiserv, e fica atrás somente dos cartões de crédito e débito. Trata-se de uma operação financeira criada pelo Banco Central que permite receber ou transferir dinheiro e realizar pagamentos de forma rápida, em qualquer dia e horário, incluindo finais de semana e feriados. O valor transferido ou recebido entra praticamente na hora na conta do favorecido, uma vez que as transações realizadas pelo Pix são concluídas em até 10 segundos.
Quais as diferenças entre Pix, TED e DOC?
Conhecida como TED, a Transferência Eletrônica Disponível, é uma operação bancária que permite a transferência de valores, inclusive acima de R$ 5 mil, que cai no mesmo dia na conta do favorecido se realizada antes das 17h. Por sua vez, o DOC (Documento de Crédito), tem um limite máximo estabelecido em R$ 4.999,99 e entra na conta do favorecido somente no dia seguinte. As duas transações são taxadas pelos bancos e essas taxas costumam ter valores bem significativos. Já o Pix permite transferências e pagamentos a qualquer momento e, ainda, não é taxado pelos bancos. Essa modalidade também possui limites diários, que são negociados entre os clientes e as instituições bancárias.
E os cartões de crédito?
Primeiramente, é importante entender como funciona esse tipo de modalidade de crédito. As instituições financeiras, como bancos e fintechs, emitem o cartão ao cliente e estabelecem um limite de crédito. A partir daí, o cliente assume a responsabilidade de efetuar o pagamento das faturas na data acordada previamente. Mas, quando o dono do cartão não efetua o pagamento na data certa, os valores começam a ser corrigidos com juros e multa devido ao atraso.
Para emitir um cartão de crédito, a instituição financeira estabelece diversos critérios e cada companhia possui seus próprios parâmetros para determinar o limite de crédito daquele cliente. Atualmente, o cartão de crédito tornou-se muito popular por apresentar algumas vantagens para o consumidor, como o parcelamento das compras, principalmente as de valores mais altos, o que ajuda a diluir o gasto ao longo dos meses.
No entanto, é importante lembrar que ter um cartão de crédito vinculado a um banco não significa ter o dinheiro em conta. Por isso não é possível fazer um Pix utilizando o cartão de crédito, pois ao usar o Pix para fazer uma transferência, você não está realizando uma operação de crédito. Na verdade, está transferindo valores que realmente são seus, que estão na sua conta corrente.
Porém, há algumas exceções que começam a surgir aos poucos no mercado, uma vez que alguns bancos estão oferecendo a possibilidade de fazer pagamentos via Pix no cartão de crédito. Mas como isso funciona? Atualmente, alguns cartões de crédito oferecem uma alternativa para seus clientes: fazer saque ou utilizar parte do limite como débito ou saldo em conta. Essas instituições financeiras oferecem a possibilidade de o cliente usar cerca de 40% do limite do cartão de crédito como quiser, inclusive para fazer Pix no cartão de crédito.
É importante ficar muito atento a essa oferta dos bancos, simplesmente, porque eles costumam cobrar taxas altíssimas para essas operações. Caso seu banco já tenha te oferecido esse tipo de transação, observe as tarifas envolvidas e analise se a opção realmente vale a pena. O que se observa é que, normalmente, os clientes pagam essa dívida de forma parcelada em até 12 vezes e as taxas de juros cobradas sobre o valor utilizado são de aproximadamente 9,9% ao mês – um porcentual maior que a média cobrada em um empréstimo pessoal, por exemplo.
(Redação – Investimentos e Notícias)