O Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 1,9% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com os últimos três meses do ano passado.
O PIB, no período, somou R$ 2,6 trilhões. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (01/06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB cresceu 4,0% no primeiro trimestre de 2023. O Valor Adicionado a preços básicos apresentou elevação de 4,1% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram em 3,0%.
PIB cresce 3,3% no acumulado em quatro trimestres
O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2023 apresentou crescimento de 3,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou do avanço de 3,4% do Valor Adicionado a preços básicos e de 2,7% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (6,0%), Indústria (2,4%) e Serviços (3,9%).
Setores
O crescimento na comparação com o trimestre anterior foi puxado pela agropecuária, que teve alta de 21,6%. Segundo o IBGE, o resultado é explicado principalmente pelo aumento da produção da soja, principal lavoura de grãos do país, que concentra 70% de sua safra no primeiro trimestre e deve fechar este ano com recorde.
Os serviços, principal setor da economia brasileira, também teve crescimento no período (0,6%), com destaque para o desempenho das atividades de transportes e de atividades financeiras (ambos com alta de 1,2%).
A indústria, por sua vez, teve variação negativa de 0,1% no período, o que, segundo o IBGE, representa estabilidade. Bens de capital (máquinas e equipamentos usados no setor produtivo) e bens intermediários (insumos industrializados usados no setor produtivo) apresentaram queda, enquanto a atividade de eletricidade e água, gás, esgoto, atividades de gestão de resíduos subiu 6,4%.
Sob a ótica da demanda, o crescimento foi sustentado pelo consumo das famílias, com alta de 0,2%, e pelo consumo do governo, com crescimento de 0,3%. A formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, caiu 3,4% no período.
No setor externo, as exportações de bens e serviços caíram 0,4%. As importações, por sua vez, recuaram 7,1%, contribuindo positivamente para o PIB.
Taxa de Investimento foi de 17,7% no 1º trimestre
A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2023 foi 17,7% do PIB, permanecendo abaixo do observado no mesmo período do ano anterior (18,4%). Já a taxa de poupança ficou em 18,1% no trimestre (ante 17,4% no mesmo período de 2022).
A Necessidade de Financiamento alcançou, no primeiro trimestre de 2023, R$ 48,3 bilhões contra R$ 69,8 bilhões no mesmo período do ano anterior. A redução da Necessidade de Financiamento é explicada, principalmente, pelo aumento de R$ 27,1 bilhões do resultado positivo do Saldo Externo de Bens e Serviços e pelo aumento de R$ 3,5 bilhões do envio líquido de Rendas de Propriedade.