Uma grande parte das pessoas não consegue realizar compras à vista e acabam optando pelo financiamento, principalmente no caso de bens de consumo mais caros, como celulares, computadores, automóveis e imóveis. Para tornar o sonho realidade, as pessoas optam pelo parcelamento dos valores, que vem sempre acrescido de juros e tarifas.
Os financiamentos têm um destino específico. Isso significa que financiamento imobiliário, por exemplo, só pode ser usado para adquirir imóvel. Assim o financiamento de automóvel serve apenas para a compra de um veículo. O dinheiro de um financiamento não pode ser utilizado para outro fim.
Para conseguir um financiamento, o consumidor deve ter um bom Serasa Score e renda suficiente para arcar com as parcelas. O que é um fator fundamental de aprovação ou reprovação da solicitação. Isso porque, antes de um financiamento ser liberado, é feita uma análise de crédito e cada instituição financeira possui seus critérios para decidir se libera ou não o valor solicitado.
Outra característica desse tipo de parcelamento é o fato de o bem financiado ficar como garantia de pagamento do empréstimo. Isso quer dizer que, se o consumidor deixar de pagar as parcelas do financiamento da casa ou do carro, ele poderá ter o bem tomado pelo credor.
Confira os principais tipos de financiamentos utilizados:
Financiamento imobiliário: é um modelo de empréstimo voltado exclusivamente para a compra de um imóvel, tanto novo quanto usado, residencial ou comercial. O cliente busca uma instituição financeira disposta a conceder esse crédito a ele. Após avaliação do imóvel e análise de todos os documentos, se o valor for liberado, o consumidor precisa pagar mensalmente as parcelas, acrescidas de juros e correção monetária, até a quitação do bem.
Esse tipo de financiamento costuma ter taxas mais baixas que as aplicadas no financiamento de automóvel, por exemplo, e prazo longo para quitação que pode chegar a até até 35 anos. De modo geral, é possível encontrar opções de crédito imobiliário que cobrem até 90% do valor necessário para a aquisição de um imóvel novo, usado, comprado na planta ou em construção.
No Brasil, os recursos para essa modalidade de empréstimo vêm de fontes como a Caderneta de Poupança e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), além da emissão de títulos como letras de crédito imobiliário (LCIs), certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e cédulas de crédito imobiliário (CCIs).
Financiamento de veículos ou motocicletas: assim como o financiamento da casa própria, o financiamento de veículos é um recurso amplamente utilizado no Brasil. O valor do crédito é repassado para a loja que vendeu o veículo. Assim, o bem é quitado com a loja e, depois, o empréstimo deve ser pago ao banco ou instituição financeira pelo cliente. O pagamento é parcelado e as prestações são compostas pelo valor do bem, acrescidos de juros, tarifas, seguro e impostos como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), por exemplo. Em algumas opções de financiamento de automóvel, é possível financiar até 100% do valor do veículo, com até 60 meses para pagar e 45 dias de prazo para pagamento da 1ª parcela. Existem muitas opções, com parcelamentos em 12, 24 e 36 vezes, por isso é preciso pesquisar entre as instituições financeiras qual oferece a condição mais vantajosa, ler atentamente as propostas e ficar atento à taxa de juros aplicada. Este tipo de financiamento costuma ter taxas mais elevadas, por esse motivo, quanto menor o valor financiado, mais barato será o valor final do veículo.
Financiamento estudantil: o crédito estudantil pode ser oferecido diretamente pelas instituições particulares de ensino superior ou também solicitado em bancos ou programas do governo. Ele pode ser parcial ou integral. O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), por exemplo, é um programa do Governo Federal que oferece linhas de crédito e condições exclusivas para estudantes por meio da Caixa e do Banco do Brasil. Com o FIES, quanto menor a renda da família, menor a taxa de juros cobrada pelo financiamento. O estudante quita o financiamento somente após a formatura, em parcelas diluídas a longo prazo. Para aderir ao FIES, é preciso ter feito o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e ter tirado ao menos 450 pontos na prova. As vagas ofertadas podem variar a cada ano. Quanto melhor o desempenho no Enem, maior a chance de conseguir o financiamento.
Financiamento para construção ou reforma: é uma linha de crédito oferecida por instituições financeiras destinada a quem já possui um imóvel e deseja reformá-lo ou para quem tem um terreno e deseja construir. Uma das linhas mais famosas é a aquisição de terreno e construção da Caixa. O banco libera o dinheiro da obra por etapas. Durante a construção, o cliente só paga os juros referentes ao valor liberado até aquele momento e o banco realiza vistorias regulares na construção para se certificar que o recurso está sendo aplicado corretamente. No fim da obra, o consumidor começa a pagar as parcelas do financiamento com a taxa e o prazo acordados no início do contrato.