Muitos brasileiros dependem de financiamentos para conquistarem seus tão sonhados bens, como a casa própria ou um carro, por exemplo. Neste processo, existem os juros e a chamada amortização, que nada mais é do que a antecipação do pagamento de uma dívida adquirida.
Tanto em empréstimos como em financiamentos há algumas formas de conseguir quitar o valor que foi pego emprestado de maneira mais rápida, obtendo, às vezes, até bons descontos com isso. Isso significa que a amortização é a redução do valor total de uma dívida.
No entanto, se tratando de valores muito altos, essa função também ganha outro sentido. Ou seja, o objetivo da amortização é diminuir o tempo do débito em aberto, o que na prática simplesmente refere-se a antecipação do pagamento das parcelas – geralmente as parcelas finais, já que isso também pode reduzir os juros em alguns casos.
Vale lembrar que o financiamento ou empréstimo é composto por quatro partes básicas: valor principal, taxa de juros, saldo devedor e prestações do saldo devedor.
No caso do valor principal, este representa o montante que a pessoa pegou emprestado, juntamente com custos operacionais. A taxa de juros, por sua vez, é a forma com a qual os bancos e instituições financeiras conseguem seus lucros, pois eles ganham recebendo um valor maior do que o emprestado inicialmente.
Já o saldo devedor é o valor total do empréstimo, calculado os juros em cima. E, por fim, as prestações do saldo devedor – que são os valores pagos mensalmente por quem adquiriu a dívida.
No caso da amortização, conforme já falamos, adiantam-se as prestações do saldo devedor. Desta forma, além da redução do tempo do empréstimo, também é possível diminuir a taxa de juros, dependendo da instituição financeira.
Tipos de amortização
No sistema financeiro existem diversas formas de amortização, sendo que cada banco adota seus modelos para utilizar nos empréstimos oferecidos aos seus clientes.
É preciso entender que os tipos de amortização dizem respeito às formas de pagamento das parcelas, mesmo que elas não sejam antecipadas.
Os dois principais modelos são a Tabela SAC e a Tabela Price.
Tabela SAC (Sistema de Amortização Constante)
Nos pagamentos feitos por meio da tabela SAC, o valor das parcelas é o mesmo durante a vigência do contrato. No entanto, a taxa de juros pode variar, pois a tabela é pós-fixada.
Neste caso, os valores dos juros são maiores no início do pagamento, mas vão caindo nas demais parcelas até o final. Com isso, o saldo vai diminuindo com o tempo, pois os juros mais altos são pagos no início.
Tabela Price (Sistema Francês de Amortização)
Enquanto isso, há a amortização com base na tabela Price, onde normalmente os juros são pré-fixados. Ou seja, o valor das parcelas será igual do início ao fim do empréstimo ou financiamento.
Então, olhando para este cenário, qual o melhor sistema de amortização?
Bem, a tabela SAC costuma ser a opção mais usada nos empréstimos e financiamentos de longo prazo. Isso porque, para a maioria das pessoas é sempre melhor se apertar no início para depois ter mais fôlego.
Em contrapartida, a tabela Price é bastante utilizada em empréstimos menores, tanto no valor emprestado quanto no tempo de pagamento, já que as parcelas não se alteram.
Lembre-se de sempre se informar junto ao banco sobre quais são as opções de sistemas de amortização disponíveis e quais os descontos concedidos em caso de antecipação das parcelas ao longo dos anos. Desta forma, você terá a opção que melhor se enquadra ao seu perfil de pagador, além de, sempre que possível, antecipar o pagamento das demais parcelas.
Outra dica é se atentar na hora de antecipar parcelas. Verifique se os descontos são maiores ao adiantar as iniciais ou as que estão no final, pois geralmente as finais oferecem maiores descontos.
Por fim, a renda extra e o décimo terceiro salário, bem como as bonificações, também podem ser boas estratégias para amortizar a dívida.
E o principal: tenha sempre uma reserva de emergência para possíveis imprevistos.