O cheque especial parece ser um bom negócio nos momentos de aperto, mas na verdade pode se transformar em uma grande “dor de cabeça” quando o usuário não consegue cobri-lo a tempo.
O serviço é uma linha de crédito pré-aprovada pelo banco, cujo valor fica disponível na conta corrente do cliente. A diferença dele para outros tipos de empréstimo é que a pessoa não precisa solicitar o dinheiro nem passar por análise de crédito.
No entanto, com as altas taxas de juros, usar os valores liberados para o cheque especial pode se transformar num processo incontrolável, ainda mais quando há uma certa dificuldade em relação à organização financeira.
Esse tipo de recurso faz com que um valor pequeno se transforme em uma dívida alta, o que acaba virando uma bola de neve para a pessoa que deseja usufruir deste benefício.
Por isso, o principal objetivo de quem faz uso do cheque especial de forma emergencial, deve ser sair imediatamente dele.
Como funciona o cheque especial?
Quando o cliente abre uma conta corrente em algum banco, normalmente a instituição financeira já deixa um limite aprovado de cheque especial. O valor é uma espécie de reserva, que pode ser utilizada em casos de emergência ou sempre que o indivíduo quiser.
A questão é que, ao pegar o valor na conta corrente, passa a correr juros e impostos sobre o que foi retirado. Ou seja, quando a pessoa devolve o montante é necessário depositar o valor mais os juros, caso contrário a situação vai gerando juros em cima de juros.
Alguns bancos disponibilizam um prazo de pagamento para que o valor seja devolvido sem juros. No entanto, sempre será preciso pagar o IOF, além de cada dia de atraso o valor ir aumentando, o que pode se tornar um grave problema futuro.
Vale lembrar, que o cheque especial também pode ser encontrado com outros nomes, como Cheque Azul, LIS (Limite Itaú para Saque), limite pré-aprovado, entre outros.
Juros altos
Segundo informações do Banco Central, os juros do cheque especial são um dos mais altos, chegando a ultrapassar 150% ao ano.
O motivo desses valores serem exorbitantes é porque o cheque especial é um crédito fácil de se conseguir, o que significa que não há burocracia alguma para contratação, já que o limite fica disponível na conta corrente da pessoa.
O recurso, portanto, é considerado um risco para os bancos, tendo em vista que não há garantia de que o dinheiro será devolvido pelo usuário.
É preciso entender que esse tipo de dívida é bastante recorrente e perigoso também, pois deixa o usuário facilmente vulnerável. Por isso, quando for inevitável entrar no cheque especial e não conseguir quitar a dívida, procure manter a calma e tente se organizar o mais rapidamente possível.
Você ainda pode tentar negociar a dívida com o banco, pedir a ele que reduza o limite do cheque especial e trocar a dívida do cheque especial por outro tipo de empréstimo que seja mais barato.
Vale a pena procurar outras opções de crédito para conseguir quitar a dívida à vista, mas focando na organização financeira para não se enrolar ainda mais com os valores. Dessa forma, você conseguirá se aliviar dos juros e aos poucos ir quitando os débitos.
(Redação – Investimentos e Notícias)