Agenda de Dividendos

Em 2021, as empresas brasileiras distribuíram um total de US$ 25,4 bilhões em dividendos, o que coloca o Brasil no terceiro lugar entre os países considerados emergentes, ficando atrás apenas da China e da Rússia. O destaque fica para a Vale, que aparece em oitavo lugar no ranking das maiores pagadoras do mundo, conforme relatório da gestora Janus Henderson Investors. Para se ter uma ideia da importância da companhia, do total distribuído no Brasil, a mineradora foi responsável por US$ 12,4 bilhões.

Ainda por aqui, a Petrobras também pode ser considerada uma grande impulsionadora do crescimento dos dividendos em 2021, com um total de US$ 7,7 bilhões distribuídos. Já entre os bancos, o Banco do Brasil totalizou US$ 1,19 bilhão, enquanto o Bradesco ficou com US$ 1,15 bilhão. A estatal brasileira, inclusive, anunciou o pagamento de distribuição de dividendos referentes ao primeiro trimestre deste ano, e de acordo com informações da companhia, serão pagos R$ 6,732003 por ação preferencial e ordinária em circulação, somando R$ 87,8 bilhões – um recorde trimestral.

Ainda segundo a empresa, desse total, R$ 32,1 bilhões serão pagos à União (incluindo BNDES e BNDESPar). Também foi informado que o pagamento de dividendos será feito em duas parcelas, com valores iguais nos meses de agosto e setembro, sendo a primeira parcela prevista para 31 de agosto e a segunda, para 20 de setembro.

Esse cenário mostra que o momento está propício para investir em empresas que pagam bons proventos. “Muitos investidores recorrem às maiores pagadoras de dividendos da Bolsa para aumentar seus ganhos de renda passiva, potencializar o poder dos juros compostos, investir em empresas consolidadas e que valorizam os acionistas, além de alocar patrimônio em ações que se mostram resilientes, mesmo em cenários de crise econômica”, comenta o Chefe de Análise de Investimentos da Toro, Lucas Carvalho.

Os proventos são formas de remuneração de acionistas e cotistas em ações, Fundos Imobiliários e BDRs. Os benefícios podem ser por pagamento em dinheiro (rendimentos, dividendos e juros sobre o capital próprio), bonificação de novos ativos e direitos de subscrição.

Saiba mais sobre proventos no vídeo a seguir:

Os principais proventos para quem investe em ações são:

Dividendos – pagamentos feitos pelas empresas de capital aberto aos seus acionistas após a apuração do lucro líquido. Eles são isentos de Imposto de Renda embora precisem ser declarados.
Juros sobre o capital próprio – são pagos com o lucro líquido das companhias. A diferença é a tributação de 15% de IR retido na fonte.
Bonificação em ações – as companhias podem emitir novas ações da própria empresa e concedê-las aos atuais sócios sem custo.
Frações de ações bonificadas – no caso de bonificação, devido à proporção que cada acionista detém, podem “sobrar” frações de ações. Para entender como funciona acompanhe o exemplo: uma empresa pode bonificar com 1 ação para cada 10 que o acionista possui. Se ele tem 75 ações, ele receberá 7,5 ações. Nesse caso, essas frações são vendidas no mercado e o investidor recebe o seu valor correspondente na sua conta na corretora.
Direitos de subscrição – trata-se de um mecanismo que as empresas utilizam para conceder aos atuais sócios a prioridade de compra de novas ações pelo preço que serão emitidas.

Para os Fundos Imobiliários (Flls) os proventos são os seguintes:

Rendimentos – a regulamentação dos FIIs determina que seja distribuído ao menos 95% do resultado líquido aos cotistas. A maioria dos Fundos do mercado faz isso mensalmente e essa distribuição é isenta de Imposto de Renda para a pessoa física.

Já os BDRs possuem os seguintes proventos:

Dividendos – parte do lucro das empresas estrangeiras que entram diretamente na conta do investidor por meio da corretora aqui no Brasil.

A seguir, confira a agenda de dividendos e saiba quando as empresas vão pagar os proventos: