A Telefônica Brasil divulgou que obteve um lucro líquido de R$ 746 milhões no segundo trimestre de 2022, uma redução de 44,6% na comparação anual, em função das maiores despesas financeiras no período.
O EBITDA recorrente (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) do 2T22 foi de R$ 4.578 milhões, um incremento de 8,3% quando comparado ao 2T21, com margem EBITDA de 38,7% (-1,0 p.p. a/a). O desempenho reflete o forte crescimento das receitas totais de 11,1%, com uma maior participação das receitas core, 91,6% da receita total (+2,9 p.p.).
No 2T22, o resultado financeiro da Telefônica Brasil registrou uma despesa líquida de R$ 601 milhões (+282,1% a/a), devido ao maior endividamento médio por aquisição das licenças 5G no final de 2021, aumento da taxa de juros no período, e dos contratos reconhecidos como leasing em função do IFRS16. Além disso, no 2T21 o resultado financeiro foi positivamente impactado por um efeito não recorrente relativo à decisão judicial sobre o direito da exclusão do ICMS da base de cálculo da contribuição de PIS/COFINS.
A receita líquida cresceu duplo dígito (+11,1% a/a ou +7,6% excluindo efeito da aquisição da Oi Móvel), impulsionada pela receita de serviço móvel (+15,1% a/a ou +9,4% a/a excluindo efeito da aquisição da Oi Móvel) e de aparelhos (+26,4% a/a). A receita fixa total manteve o desempenho positivo (+1,7% a/a), com destaque para a receita de FTTH, que cresceu 23,7% a/a.
A depreciação e amortização aumentou 2,8% em comparação ao 2T21, devido ao início da amortização das licenças de espectro adquiridas no 4T21 e dos ativos adquiridos da Oi Móvel.
O fluxo de caixa livre após pagamento de Leasing foi de R$ 2.157 milhões no 2T22, aumento de 15,5% a/a em função da maior variação do capital circulante e do crescimento do EBITDA Recorrente2 . Esses efeitos foram parcialmente compensados por maiores pagamentos de impostos, resultado financeiro e pagamentos de leasing.
A dívida bruta (ex-Arrendamento) da Companhia atingiu R$ 3.880 milhões ao final do 2T22, sendo 28% denominada em moeda estrangeira. A exposição cambial da dívida está 100% coberta por operações de proteção cambial (hedge). O endividamento teve aumento de 62,9% a/a em função do passivo financeiro atrelado às Licenças 5G adquiridas em leilão da ANATEL e empréstimo bilateral captado em Abril de 2022. Considerando Caixa e Aplicações e Derivativos, a Companhia registrou dívida líquida de R$ 723 milhões no dia 30 de junho de 2022. Se incluído o efeito do arrendamento, a dívida líquida atingiu R$ 13.226 milhões ao final do 2T22.
De acordo com a companhia, houve aceleração do crescimento da base de clientes, atingindo 114 milhões de acessos totais. No trimestre, as adições líquidas na móvel totalizaram 13,9 milhões, sendo 12,6 milhões provenientes da aquisição da Oi Móvel.
Por fim, os investimentos realizados no 2T22 alcançaram R$ 2.575 milhões (+14,4% a/a), o que representa 21,8% da receita operacional líquida do trimestre, um aumento de 0,6 p.p. na comparação anual. Os investimentos foram direcionados ao reforço da rede móvel, com destaque para a preparação da rede para ativação do 5G nas capitais e a incorporação dos acessos da Oi Móvel, além do investimento na expansão da rede de fibra.
(Redação – Investimentos e Notícias)