O Pix Automático já está causando furor no Brasil mesmo antes de ser lançado. Isso porque, muitas dúvidas ainda surgem quando o assunto é o novo formato de pagamento.
O recurso passou a ser o meio mais utilizado entre os cidadãos brasileiros na hora de transacionar dinheiro, se popularizando rapidamente e com um movimento de R$ 15,3 trilhões só em 2023.
Com a fama, também vieram novos recursos, e, em outubro deste ano, a ferramenta ganhará mais um formato: a programação de pagamentos.
Isso significa que as pessoas poderão organizar e programar seus pagamentos via Pix, sem que haja a necessidade de realizar transferências recorrentes de forma manual.
“O Pix Automático será um facilitador, e também ajudará na diminuição da inadimplência, evitando esquecimento e atrasos”, afirma Beatriz Neiva, co-founder e head of growth da Aarin, hub tech-fin especializado em Pix e embedded finance.
No entanto, é preciso ficar atento às informações veiculadas, pois muitos tópicos podem acabar causando confusão por não serem notícias verdadeiras.
O caso da tarifa zero, por exemplo, é um fato! Ou seja, o Pix automático se manterá gratuito para o consumidor, mesmo que ele realize a programação de pagamentos. O mesmo se estende para microempreendedores individuais (MEI) e empresários individuais (EIs).
Já a informação de que o Pix manual é mais seguro do que o Pix Automático é pura “fake news”, pois em ambos os formatos os padrões de segurança são os mesmos, determinados pelo Banco Central do Brasil e baseados em quatro etapas: autenticação do usuário, tráfego seguro de informações, rastreabilidade de transações e regras de funcionamento.
Com isso, as instituições precisarão autorizar os limites máximos de transferência, se baseando no perfil de risco de seus clientes, mas os próprios usuários também poderão ajustar os valores.
Outro dado fictício que foi divulgado, é que o Pix Automático substituirá o TED. Por ora, não há previsão, nem garantias do governo que o Pix Automático ficará no lugar do serviço de transferência TED. Apesar de ser possível agendar pagamentos via TED, essa modalidade não permite programar pagamentos recorrentes — justamente o diferencial do Pix Automático.
Vale lembrar, inclusive, que a adesão do TED no mercado ainda é alta, sendo que no ano passado foram mais de R$ 40,6 milhões em valores transacionados, segundo números apontados pela Febraban.
Já um item verdadeiro é sobre o Pix Automático ser operável entre diferentes instituições financeiras. Ou seja, tal qual o Pix tradicional, o automático poderá ocorrer entre diferentes instituições sem intercorrências e taxas. O padrão de pagamento segue o mesmo: o valor é transferido e cai na mesma hora na conta do destinatário.
Portanto, fique atento! Utilize o serviço, mas sempre com consciência e informações seguras nas mãos. Assim, a novidade trará benefícios e ajudará na hora de organizar seus pagamentos.