Na próxima terça-feira, 25 de outubro, terá início a reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom) para a definição da nova taxa Selic, lembrando que a decisão só será anunciada na quarta-feira, 26 de outubro. A expectativa do economista da Suno Research, Rafael Perez, é que o Comitê mantenha a taxa Selic em 13,75% a.a.. Lembrando que uma elevação de 25 bps (0,25 p.p.) – levando os juros para 14,00% a.a. – não está descartada. Porém, a maioria do mercado precifica a manutenção da taxa em 13,75% a.a., reforçando o fim do ciclo de alta.
A instituição se coloca como vigilante e já anunciou que, se for preciso, vai retomar novas altas na Selic, caso não evolua no processo de desinflação da economia. No último Boletim Focus, apesar das quedas nas projeções do IPCA nos próximos anos, a inflação esperada continua acima do limite superior da meta em 2023 e acima do centro da meta para 2024. Com esse cenário, o Copom deverá ponderar não só sobre as incertezas domésticas, mas também as globais antes de tomar qualquer decisão, pesando os riscos altistas e baixistas divulgados na última ata.
Os chamados riscos altistas que podem pesar na decisão do comitê são: maior persistência das pressões inflacionárias ao redor do mundo; incertezas sobre o futuro da capacidade fiscal do país; e o hiato do produto mais estreito que o projetado. Do outro lado da balança estão os riscos que podem ajudar o trabalho do Banco Central no controle da inflação, como a queda dos preços das commodities, a desaceleração da economia global e a manutenção do corte de impostos em 2023.
A estratégia adotada pelo BC de se manter vigilante é um fator importante, uma vez que tira a autoridade monetária da posição de “correr atrás da curva”, evitando uma precipitação e permitindo que ela aguarde novos dados para avaliar o estado da economia brasileira. Com esse quadro, o economista da Suno Research, Rafael Perez, acredita que a taxa Selic se manterá em 13,75% a.a. até o segundo trimestre do ano que vem.
(Redação – Investimentos e Notícias)