Educação financeira

4 opções para ter rendimentos com Selic em queda

Todo mundo sabe que a taxa Selic influencia toda a cadeia produtiva do Brasil. Ela representa os juros básicos na economia do país e todos os índices aplicados nos produtos e serviços têm como base sua referência.

No mês de agosto, por exemplo, o encargo foi reduzido pelo Banco Central para 13,25% ao ano, sendo a primeira redução desde meados de 2020.

Segundo o Boletim Focus, até o final de 2024, é previsto que a Selic chegue ao patamar de 9,25% ao ano. Com isso, as expectativas sobre os investimentos aumentam e muitos investidores tentam identificar quais são os melhores caminhos para uma boa rentabilidade.

Segundo a AmFi – plataforma que conecta originadores a investidores globais por meio de lending pools (conjuntos de contratos inteligentes e estruturas jurídicas) –, há muitas opções de aplicações que podem fazer render o dinheiro de quem está disposto a entrar nesse mercado. Confira algumas delas:

1 – CCB’s

O CCB (Cédula de Crédito Bancário) é um título de crédito eletrônico. Ele é utilizado para alguns tipos de operações, que normalmente têm valor elevado e prazo mais longo do que outros ativos. Além disso, os CCBs também podem ser emitidos por instituições financeiras, como bancos, ou por outras empresas que atuam na concessão de crédito.

Muitos setores têm adquirido essas cédulas para financiar crescimento em âmbito educacional, de crédito pessoal e outros. De acordo com Paulo David, CEO da AmFi, “a ideia é revolucionar o mercado financeiro tradicional, desenvolvendo lending pools para que originadores possam montar veículos de crédito para desenvolver novos nichos, pouco explorados ou inexistentes, usando as CCBs”.

2 – Recebíveis de cartão

Outra modalidade bastante praticada é o recebível de cartão, que é o valor que o estabelecimento tem a receber pelas vendas realizadas com cartão de crédito. 

Este ativo tem um fluxo de pagamento totalmente previsível e regular, e no processo de antecipação, a empresa obtém crédito a um custo mais acessível, o que torna vantajoso para o capital de giro da empresa. 

Os recebíveis são tidos como uma forma de investimento de baixo risco. Inclusive, agora também é possível a “tokenização” de recebíveis. “Assim como transformamos um objeto físico em uma representação digital, em forma de “token”, podemos fazer o mesmo com recebíveis. Os recebíveis tokenizados são uma versão digital dos recebíveis físicos, em que cada token representa um direito de recebimento futuro”, explica David.

3 – Duplicatas

A duplicata, por sua vez, é a forma mais comum de financiamento para pequenas e médias empresas. Ela é um título de crédito que representa uma dívida originada por uma compra ou prestação de serviço, ou seja, o documento é emitido pelo vendedor para o comprador.

Nele constam a descrição dos produtos ou serviços adquiridos, o valor total da operação e o prazo de pagamento.

Além de contar com os benefícios para os negócios, investidores também encontram uma fonte de ativos que possibilita a diversificação de sua carteira de investimentos. A expansão de seus negócios e o aumento no fluxo de caixa são dois outros fatores presentes neste tipo de ativo.

A tendência é que haja cada vez mais crescimento nessa área, impulsionado pelas evoluções do marco regulador do setor.

4 – Ativos judiciais

Por fim, há os ativos judiciais. Este tipo de ativo vem crescendo no mercado brasileiro. O país fechou o ano de 2021 com 77,3 milhões de processos em tramitação. No mesmo período, inclusive, 27,7 milhões de novos processos passaram a fazer parte do sistema judiciário, totalizando um crescimento de 10,4% na comparação com o ano anterior.

Segundo a AmFi, os ativos judiciais mais conhecidos são os precatórios, mas também entram nesta categoria as requisições de pequeno valor (RPVs) e recebíveis de processos trabalhistas e consumeristas.