Bolsa de Valores

O que é e como funciona o desdobramento e grupamento de ações?

Os desdobramento e grupamento de ações são termos bastante falados no mundo das bolsas de valores. Para quem investe, o conhecimento desses processos é tão importante quanto saber em qual empresa aplicar seu dinheiro.

Se tratando de desdobramento, também podemos encontrar o nome split. Ele é identificado quando muda-se a forma como o capital social da empresa é dividido. Ou seja, quando uma mesma ação é repartida em outras, há um aumento na quantidade de papéis negociados no mercado financeiro.

O desdobramento de ações

É preciso entender por qual motivo essa operação acontece. Em geral, isso se deve ao fato de uma empresa apresentar um bom desempenho com o passar dos meses, fazendo com que seus papéis se valorizem ao longo do tempo.

No entanto, após muitas valorizações, as ações podem ter um preço tão alto que passam a se tornar fontes difíceis de negociação, já que é preciso pagar caro para se tornar acionista daquele capital aberto. Além disso, a liquidez dos ativos – facilidade de convertê-los em dinheiro novamente – também pode vir a cair.

Desta forma, o desdobramento de ações surge como forma de escape para facilitar a vida das companhias, pois cada ação se transforma em partes menores e o preço desses papéis também é diluído.

Quando a empresa identifica que o desdobramento é a melhor estratégia a seguir, o assunto é levado para uma assembleia com acionistas. Após a votação, a companhia divulga um comunicado com as informações sobre o processo.

Efeitos do desdobramento das ações

As companhias podem criar seus critérios para o desdobramento. Por exemplo: Se a empresa decidir que as ações serão divididas de 1 para 4, significa que cada ação será transformada em outras 4. 

Ou seja, se o ativo valer R$ 100, cada uma das partes passará a valer R$ 25. Sendo assim, o investidor terá a mesma quantia em valor, mas com mais papéis em sua carteira.

Grupamento de ações

Já no caso do grupamento de ações (inplit), o processo consiste no inverso, quando uma empresa decide juntar vários ativos em um único.

É essencial entender o que leva as companhias a realizar o grupamento desses investimentos, visto que este recurso normalmente está relacionado ao desempenho da marca, que pode estar negativo por diversas razões.

No geral, a tendência é que as ações desvalorizem cada vez mais, ficando ainda mais baratas. Neste caso, a própria bolsa de valores brasileira chega a interferir quando a situação está muito complicada.

Isso vale quando o preço da ação fica abaixo de R$ 1,00 por 30 pregões seguidos. Neste momento, a B3 notifica a companhia para que ela tome uma providência sobre o ocorrido, tendo em vista que a baixa cotação pode impactar os investidores.

De acordo com especialistas, uma mudança de apenas R$ 0,10 significa uma alteração de 10% na cotação. Como o ativo se torna mais volátil, ele também passa a ser mais arriscado, o que vem a representar possíveis grandes perdas para os acionistas.

Por outro lado, parte dessa situação pode ser resolvida, já que há um aumento na atratividade da ação e, consequentemente, um equilíbrio na volatilidade.

Pois bem: entendendo esse contexto, o investidor passa a identificar oportunidades e riscos, já que com tais informações é possível avaliar os acontecimentos do mercado.

É a partir desses fatores que a pessoa analisa como aqueles papéis se comportarão dentro de seus investimentos, o que facilita na tomada de decisões mais assertivas.