A B3, a bolsa do Brasil, registrou um total de R$ 7,46 trilhões em negócios no mercado de renda variável no ano passado. Esse total inclui a soma dos mercados à vista, a termo e opções. Em 2022, a negociação de opções foi de R$ 205,97 bilhões e ficou acima do registrado nos três anos anteriores. Já os mercados à vista e a termo tiveram volumes menores do que em 2021, fechando o ano em R$ 7,21 trilhões e R$ 42,15 bilhões, respectivamente.
Os meses de março e novembro de 2022 foram os que registraram maior movimentação, com R$ 711,99 bilhões e R$ 706,95 bilhões negociados. O mês de julho foi o de menor movimento, com R$ 455,18 bilhões. No entanto, o número de negócios bateu recorde, somando 931,78 milhões, o que significa um crescimento de 0,6% em relação a 2021; 10,4%, em relação a 2020; e 136%, em relação a 2019.
Ainda segundo informações da B3, o volume médio negociado por dia foi de R$ 29,84 bilhões e a média de negócios realizados por dia ficou em 3,97 milhões. “Os dados mostram a força do mercado de renda variável em 2022. Os números registrados ficaram acima dos anos de 2019 e 2020 e bem próximos do ano anterior, mesmo com 2021 tendo registrado 46 ofertas iniciais de ações, que movimentaram sozinhas R$ 65,6 bilhões. Em 2022, o mercado secundário esteve muito ativo, o que significa mais liquidez para o investidor”, afirma o superintendente de negociação da B3, Thiago Ferraz.
O mercado à vista é aquele que acontece em tempo real. O que determina o valor da ação ou outro ativo nesse mercado é a oferta e demanda. Quando mais pessoas querem comprar, o preço sobe. Quando mais pessoas querem vender, o preço cai. E a negociação realizada é liquidada em dois dias úteis.
Já o mercado a termo considera uma negociação numa data futura. O comprador e o vendedor combinam a negociação de um determinado ativo por um preço que geralmente é composto pelo valor à vista do produto mais uma taxa de juros negociada entre eles.
O mercado de opções segue a mesma lógica do mercado a termo, mas nele, o investidor negocia o direito de comprar e vender um ativo por determinado preço, numa certa data. A diferença é que, no mercado de opções, o comprador pode decidir pela aquisição ou não do ativo na data combinada.