Em linha com o que é esperado por analistas para o segundo semestre de 2022, o mercado de criptomoedas segue em seu movimento lateralizado, sem uma tendência definida. É o que mostra o levantamento mensal realizado pela BitPreço.
No mês de setembro, o preço médio do Bitcoin ficou em R$ 103.407,16, desvalorização de 10,32% em relação ao mês anterior e de 57,41% na comparação anual. Ao longo do mês, a cotação atingiu a mínima de R$ 94.589 e máxima de R$ 116.344. Já o Ethereum registrou valor médio de R$ 7.683 em setembro, recuando 12,82% sobre agosto e 56,05% em um ano. O preço variou entre a mínima de R$ 6.357,74 e o pico de R$ 9.251,16, de acordo com dados registrados até às 13h de 30 de setembro.
Para Israel Buzaym, head de comunicação da BitPreço, o Bitcoin apresentou alguns momentos repentinos de preço, mas nada muito expressivo. O principal fator que fez a criptomoeda se movimentar no mês foi a super-quarta, no dia 21 de setembro, quando Fed e no Banco Central brasileiro finalizaram as reuniões de política monetária. “O mercado se movimentou às vésperas do comunicado do BC americano, tendo uma leve alta, seguindo com uma forte queda após o anúncio do novo aumento de 0,75 ponto percentual e logo em seguida se recuperando, voltando ao preço do início do dia. Esse movimento triplo na super-quarta atesta novamente a lateralização em que o BTC se encontra, na faixa entre US$ 18 mil e US$ 20 mil”, disse.
O executivo cita ainda o novo aporte da MSTR (Microstrategy), do entusiasta Michael Saylor, que realizou a compra de US$ 6 mi, atingindo a marca de 130 mil Bitcoins em carteira, como outra notícia que impactou o mercado, mas não interferiu no preço no mês de setembro.
“O investidor de criptomoedas deve estar atento ao movimento macroeconômico, principalmente em relação a altas de juros americanos. Por outro lado, enxergamos o momento atual como oportunidade de acumulação de satoshis (frações de Bitcoin) para o próximo movimento de alta. Mantendo nossa linha estratégica, a quem que já faz aportes nesse mercado, sugerimos que tenha cautela, sem exagerar na exposição, investindo apenas parte do capital disponível, por causa da grande volatilidade, mas que continue acumulando criptomoedas, principalmente Bitcoin, através de compras periódicas, pelo potencial de alta que enxergamos para os próximos anos”, ressaltou.
Segundo o levantamento, considerando apenas o mês de setembro, foram negociadas 4.537,98 Bitcoins, avanços de 8,48% em relação a agosto e 21,79% sobre o mesmo período do ano passado. O Ethereum, por sua vez, teve um volume de 20.351,38 unidades transacionadas, com alta mensal de 2,56% e queda de 15,68% na comparação anual.
“O brasileiro, em geral, continua gostando das criptomoedas, ainda que o volume tenha reduzido bastante desde o início do ano. O Brasil é o 7º maior mercado do mundo nas criptos, sendo o número 1 da América Latina. Um reflexo disso é a quantidade de exchanges estrangeiras que abriram operação em 2021 e 2022 aqui. Somos a maior corretora brasileira em volume de negociação, mostrando que o país tem competência para bater de frente com essa competição, oferecendo produtos e serviços com preços e taxas competitivas”, finaliza Buzaym.
(Redação – Investimentos e Notícias)