Na noite de ontem, 13, o Banco Central brasileiro anunciou a última reunião do ano para definir os rumos do país, divulgando a nova taxa básica de juros (Selic).
O BC informou que a Selic sofreu mais um corte, atingindo a marca de 11,75% ao ano. Esse corte, de 0,5 ponto percentual, tem impacto direto nas taxas de juros do Brasil, o que contempla serviços como o rotativo do cartão de crédito e o cheque especial.
Devido diversas aplicações financeiras terem seus rendimentos atrelados à Selic, esta redução significa um norte para que os produtos e serviços oferecidos à população tenham novos valores.
A mudança impacta não apenas o consumidor final, mas também estabelece um novo panorama para o mercado financeiro como um todo. Por isso, é preciso ficar atento para que tais modificações sejam benéficas ao seu bolso.
Controle inflacionário
Vale lembrar, que em um cenário de inflação elevada, o Copom tende sempre a subir a Selic para desestimular o consumo. Ou seja, quanto mais altos os juros, menor a chance de os consumidores comprarem de forma exacerbada, diminuindo o ritmo de consumo. A Selic, inclusive, é o principal instrumento de política monetária utilizado no controle da inflação.
Um exemplo clássico dessa dinâmica são os empréstimos para aquisição de veículos. Neste caso, quem simular um empréstimo em um determinado momento e optar por concretizá-lo pode se deparar com um revés se a taxa aumentar no mês subsequente.
Isso pode acontecer porque o acréscimo nos juros resultará em prestações mais elevadas do que o planejado.
Em contrapartida, com a Selic em patamares mais baixos, o Comitê busca impulsionar a economia, tornando o crédito mais acessível e incentivando o brasileiro a retomar suas atividades de compra, o que automaticamente estimula a movimentação da economia.
Este cenário mostra que a Selic nada mais é do que a representação do custo do nosso dinheiro, visto que quando a taxa está excessivamente baixa, as pessoas tendem a consumir além do padrão.
Tal comportamento, por sua vez, pode levar o mercado a um aumento extremo dos preços, caracterizando a chamada inflação.