A Febraban disse ontem (14/08), que as compras realizadas via cartão de crédito e com parcelamento não serão extintas. Segundo a instituição, não há pretensão alguma deste serviço acabar, e os consumidores podem ficar despreocupados e continuar com o uso normal de seus cartões de crédito.
A entidade participa de grupos multidisciplinares que analisam as causas dos juros praticados no mercado brasileiro. Com isso, novos processos podem surgir, já que os órgãos responsáveis buscam alternativas para um redesenho do sistema rotativo, além do aprimoramento do mecanismo de parcelamento de compras.
“Defendemos que o cartão de crédito deva ser mantido como relevante instrumento para o consumo, preservando a saúde financeira das famílias. Isso porque, estudos indicam a necessidade de medidas de reequilíbrio do custo e do risco de crédito”, aponta a instituição.
Desta forma, a Febraban entende que para garantir que esse núcleo permaneça em funcionamento, é necessário debater sobre a grande diferença que há no Brasil, em que 75% das carteiras dos emissores e 50% das compras são feitas com parcelamento sem juros.
Ainda de acordo com os estudos da entidade, o prazo de financiamento impacta diretamente no custo de capital e no risco de crédito. Inclusive, a inadimplência das compras parceladas em longo prazo sempre é bem maior do que quando à vista.
A Febraban afirma que continuará em busca de uma solução construtiva para dar fôlego ao sistema nacional de crediário. Além disso, a mudança certamente será por meio de uma transição gradual, com o intuito de obter uma convergência que beneficie os consumidores e garanta a viabilidade do produto para fornecedores que atuam na indústria do cartão de crédito, tais como as bandeiras, bancos emissores, adquirentes (maquininhas) e lojistas.