Um novo projeto do Banco Central do Brasil chamado Real Digital está criando expectativas em muitos especialistas. A mais nova aposta do BC para alavancar a economia do país é uma versão digital do dinheiro usado no mercado interno e promete facilitar ainda mais a vida dos cidadãos.

De acordo com a autoridade monetária, nas próximas semanas será feita uma rodada de testes na plataforma. Essa é a fase inicial do estudo, que conta com os principais bancos físicos como Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil. Além disso, também há na lista instituições digitais como Nubank, Banco BV e BTG.

A novidade incorporará, ainda, outras empresas do setor financeiro por meio de consórcios – como é o caso da TecBan -, além de cooperativas e operadoras de cartão. Inclusive, o Banco Central informou que a fase piloto incluirá testes para medir a privacidade, o funcionamento dos serviços e a operação entre as instituições.

Para Ruy Rede, CEO da BTTECH, a notícia traz a possibilidade de menores custos no processo bancário como um todo. “Por outro lado, o nível de bancarização já vem crescendo através de fintechs e dos novos players de mercado e a moeda digital deve estimular isso ainda mais”.

O especialista aponta que a chegada do Real Digital trará alguns impactos no mercado brasileiro, sendo o primeiro deles a opção às criptomoedas. Ou seja, a implantação da moeda digital brasileira poderá ser interessante para investidores e correntistas que não confiam nas criptomoedas atuais, visto que uma moeda digital regulada pelo BC trará muito mais segurança aos usuários.

Em um segundo momento, a inclusão financeira será o propósito mais bem estabelecido entre o BC e a sociedade. Isso porque, a chegada da moeda eletrônica contará com um potencial aumento na usabilidade do sistema bancário. “O novo sistema poderá melhorar ainda mais a troca de informações financeiras”, analisa o CEO.

Por fim, os bancos estarão novamente na figura de intermediários, já que o projeto piloto demonstra que essas instituições permanecerão com a tarefa de mediar os negócios, o que permite que por meio desse trabalho, as instituições criem tokens referentes aos depósitos bancários, gerando mais confiança e segurança para todos.

Isso tudo implicará em uma representação digital de ativos reais com valor comercial. E, a partir de agora, os clientes poderão dispor de mais ferramentas para operarem seu dinheiro de forma ainda mais ágil.

Vale lembrar, que os bancos são os responsáveis pela entrada da tecnologia na vida financeira dos brasileiros. Eles inseriram as máquinas de autoatendimento, seguidas da conexão via computador e Internet Banking. Hoje, já vemos um grande avanço com aplicativos e recursos bastante avançados no setor.