O financiamento é um recurso muito procurado por quem deseja conquistar a casa própria ou um automóvel, por exemplo. No entanto, os juros desse tipo de empréstimo podem acabar se tornando infinitos, dependendo do caso.
No Brasil, onde a cultura de poupar dinheiro é bastante escassa, esse modelo de conseguir obter um bem sem ter que dar um valor à vista é algo muito utilizado. No entanto, tal operação só é vantajosa para os bancos, já que em cima das prestações do financiamento são embutidos juros e mais juros.
Ou seja, ao final das parcelas, o cliente acaba pagando um valor bem maior do que o que lhe foi emprestado para adquirir o bem em questão.
Pensando no prejuízo já adquirido, existem algumas maneiras de diminuir as perdas financeiras, podendo ser uma possível saída para o problema. A mais comum delas é a amortização de dívida. Ou seja, a pessoa antecipa as parcelas do financiamento e, com isso, não paga os juros que futuramente seriam embutidos.
Outro recurso é a realização da portabilidade de crédito, na qual a pessoa transfere sua dívida para outro banco que lhe oferte menores juros.
No entanto, atenção!!! Este só é um bom negócio quando as condições do outro banco são, de fato, melhores que as do anterior.
Portabilidade de financiamento
A portabilidade de financiamento foi regulamentada pelo Banco Central do Brasil em 2013. Ela é um direito de todo cliente de trocar os serviços de um banco para outro de sua preferência.
Segundo as regras do BC, os bancos não podem se recusar a aceitar a transferência sem informar os motivos da negativa. Além disso, ao optar pela portabilidade, o novo banco quita a sua dívida à vista com o banco anterior, passando o cliente a dever para o novo banco escolhido, em condições previamente acordadas.
Com essa transição, o usuário garante maior liberdade, obtendo flexibilidade de negociação de suas dívidas, além de estimular a livre concorrência entre as instituições financeiras.
Open banking e portabilidade
Vale lembrar que o Open Banking – implementado em 2021 para integrar o compartilhamento de dados e informações financeiras entre instituições, também facilitou o sistema de portabilidade.
Devido ao surgimento de novos serviços e fintechs, os grandes bancos – que ainda têm exclusividade em relação a financiamentos – estão cada vez mais competindo entre si com o intuito de manter taxas mais baixas e atrativas para os clientes. Com isso, é comum que essas empresas façam ofertas de portabilidade aos seus usuários.
Entretanto, lembre-se de sempre avaliar as condições para saber se essa prática será interessante para seu bolso. É preciso analisar a taxa Selic e os custos efetivos envolvidos na operação (CET).
No site do Banco Central, você consegue descobrir as taxas cobradas nos financiamentos imobiliários de diversos bancos. Além disso, para ter acesso ao CET, solicite o extrato com o saldo devedor para quitação antecipada da dívida no banco no qual você está hoje.