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Agibank cresce 55,4% e supera R$ 10 bi de carteira de crédito

O Agibank teve um crescimento de 55,4% e registrou a marca de R$ 10,1 bilhões de carteira de crédito, com indicadores de NPL estáveis. Além disso, a instituição alcançou cinco milhões de clientes totais. Os números mostram a qualidade de seu portfólio de ativos, com destaque também para uma condição de capital mais sólida, com um Índice de Basileia de 15,7%, um crescimento significativo quando comparado ao mesmo período do ano passado.

No 4º trimestre de 2022, a companhia atingiu um lucro líquido de R$ 29,5 milhões, o que representa uma evolução de 6,8% com relação ao trimestre anterior, e consolidou uma trajetória contínua de lucratividade ao longo do ano, totalizando R$ 100,5 milhões de lucro líquido ao final do exercício.

Para o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da instituição, Thiago Souza Aor, o ano passado foi marcado pela consistência e ampliação da lucratividade do Agibank. “Implementamos preventivamente melhorias relevantes na modelagem e em todo ciclo de crédito, priorizando a concessão para correntistas que recebem seu salário ou benefício no Agi, o que reduz o risco de inadimplência e aumenta o lifetime value do cliente”, explica. Além disso, com a expansão da elegibilidade de determinados beneficiários do INSS ao crédito consignado, a instituição incentivou a substituição de linhas de crédito pessoal por consignado, com taxas menores e, ao mesmo tempo, mais seguras. “Essas iniciativas nos permitiram manter os índices de inadimplência em patamares controlados”, reforça o executivo.

Em dezembro de 2022, a instituição chegou a dois milhões de clientes ativos, com uma média de 3,8 produtos ativos por indivíduo. Essa métrica é progressiva conforme os mais antigos amadurecem, atingindo seis produtos por cliente correntista que recebe seu salário ou benefício pelo Agibank, fato que contribui para o alcance de uma relação de LTV/CAC consolidada de mais de 20x. “Nossa oferta de crédito é aprimorada na medida em que o relacionamento com o cliente é desenvolvido. Em 2022, a concessão de crédito acumulada atingiu R$ 10,1 bilhões, o que representa um crescimento de 0,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. É importante destacar que cerca de 94% dessa produção foi realizada em canais próprios em relação a 68% em 2021, o que propicia ainda mais eficiência e rentabilidade dada a significativa redução do CAC”, descreve o CEO da Instituição, Glauber Correa.

A trajetória de alteração gradual do perfil de crédito se manteve, favorecendo linhas com menores riscos e taxas nominais, como as de crédito consignado e cartão consignado/benefício, que avançaram 53,9% e 186,6%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano passado. No segundo semestre de 2022, o Agibank iniciou a operação do cartão benefício consignado, que já alcançou R$ 298,1 milhões de carteira e demonstra alto potencial de penetração na base de clientes. De forma agregada, a carteira de crédito consignado registra uma participação de 75,7%.

Seguindo a estratégia de estreitar o relacionamento com o cliente, a instituição ampliou em 29,7% a carteira de crédito pessoal para correntistas, o que representa 19,4% do total da carteira de crédito. “Esse movimento é fundamental para aumentarmos nossa participação como principal instituição financeira do cliente, porque amplia os pontos de contato e relacionamento, permitindo alavancar as demais verticais de negócio”, ressalta o CEO.

No que diz respeito à inadimplência, ela se manteve em níveis controlados e atingiu 6,4% em dezembro, um aumento de 30 bps em relação ao trimestre anterior, respondendo à maturação normal da carteira de crédito. 

Já as Receitas Totais somaram R$ 3.413,0 milhões em 2022, um avanço de 64,9% em relação a 2021, principalmente pelo aumento das Receitas de Operações de Crédito (+44,4%), em linha com uma carteira de crédito substancialmente maior no período, e Receitas de TVM e Derivativos (+55,4%), reflexo da estruturação de hedge accounting, realizada para uma maior eficiência na Gestão de Ativos e Passivos.

Outro destaque fica para o avanço de 16,4% na Receita Total por Cliente Ativo (ARPAC) dos últimos doze meses, que totalizou R$ 1.939,83 por cliente em dezembro de 2022, significativamente acima da média de outros neobanks. 

“Diante de um ambiente macroeconômico ainda complexo, entramos em 2023 focados no crescimento com rentabilidade, forte disciplina de execução e austeridade em custos. Seguimos firmes na busca por eficiência máxima, aumento da digitalização da originação de crédito, melhora da experiência, da satisfação do cliente e da rentabilização do negócio, ancorado em um portfólio cada vez mais completo e com condições ainda mais competitivas”, finaliza Glauber Correa.