O Bradesco anunciou que registrou lucro de R$ 1,595 bilhão no quarto trimestre de 2022. Isso representa uma queda de 75,9% na comparação anual.

Segundo o banco, o lucro líquido recorrente foi de R$ 20,7 bilhões em 2022, uma redução de 21,1% em relação a 2021. Já o lucro líquido contábil foi de R$ 1,437 bilhão no período, uma queda de 54,7% ante 2021.

Ainda de acordo com o Bradesco, a margem financeira total atingiu R$ 16,677 bilhões, recuo de 1,7% na comparação ano a ano. Já a margem financeira com clientes teve uma leve queda de 0,3% no trimestre, mas subiu 18,3% em relação ao mesmo período de 2021.

A empresa apresentou uma carteira de crédito expandida de R$ 891,9 bilhões entre outubro e dezembro de 2022, alta de 9,8%. A margem com o mercado, por sua vez, teve recuperação no trimestre, apesar de ainda negativa com o aumento da Selic.

O retorno médio sobre patrimônio líquido (ROAE) foi a 13,1% no acumulado em doze meses. No trimestre, fechou a 3,9%, baixa de 13,6 pontos porcentuais em um ano e de 9,1 pontos em três meses.

Vale lembrar, que o Bradesco afirmou que fez 100% de provisionamento relacionado a um caso de ‘um cliente Large Corporate específico’, ocorrido no início de 2023, no valor R$ 4,9 bilhões. O banco não citou o nome, mas refere-se à Americanas.

Já o índice de inadimplência do banco para empréstimos acima de 90 dias cresceu 0,4 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre, para 4,3%. Na comparação com dezembro de 2021, a inadimplência teve alta de 1,5 ponto percentual.

O patrimônio líquido do Bradesco era de R$ 154,263 bilhões em dezembro, variação positiva de 4,9% em 12 meses, mas queda de 1,7% em três.

A instituição financeira informou que suas projeções para 2023 têm a expectativa de uma alta na Carteira de Crédito Expandida de 6,5% a 9,5%, uma Margem Financeira Total de 7% a 11%, um avanço nas Receitas de Prestação de Serviços de 2% a 6%.