Economia

Juros de empréstimo pessoal e cheque especial ficam mais caros em 2022

O Procon-SP divulgou um balanço anual que mostrou um aumento nas taxas de juros de empréstimos e cheque especial em 2022. Ou seja, quem ficou na dependência desses dois recursos, viu a diferença do ano anterior e também sentiu o peso no bolso.

Segundo o órgão de defesa do consumidor, as taxas médias do empréstimo pessoal e do cheque especial terminaram maiores que no início do ano. No caso do empréstimo, a média foi de 6,96% ao mês, uma alta de 0,70 ponto percentual em relação à taxa de 2021 (6,26%).

O banco Bradesco saiu na frente dos outros brancos, apresentando a maior taxa média anual na modalidade, com 8,87% a.m., enquanto o Itaú ficou com o segundo lugar, indicando encargos de 8,40%.

Na outra ponta esteve a Caixa Econômica Federal, com a menor taxa média anual (4,28% a.m.). A diferença foi de 4,59 pontos percentuais.

O levantamento foi realizado pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor do Procon-SP e observou seis instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander.

Confira a taxa média de juros para empréstimo pessoal de cada instituição financeira:

BancoTaxa média anual
Bradesco8,87%
Itaú8,40%
Santander7,89%
Banco do Brasil6,33%
Safra6,01%
Caixa Econõmica Federal4,28%

Ainda de acordo com a entidade, o aumento reflete o movimento do mercado, visto que o Banco Central elevou cinco vezes a Taxa Selic durante o período da pesquisa. 

Para se ter uma ideia, no dia 4 de janeiro, a taxa básica era de 9,25% ao ano. Já no dia 2 de dezembro (quando ocorreu a última pesquisa), o valor era de 13,75% ao ano.

Cheque especial

Outro recurso muito utilizado pelos consumidores na hora do aperto é o cheque especial. No entanto, ele também sofreu alteração no decorrer do ano, ficando com uma taxa média em 2022 de 7,96% ao mês (a.m.), alta de 0,01 ponto percentual em relação à taxa média de 2021.

Dentre os bancos pesquisados, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Safra e Santander foram os bancos que aplicaram as maiores taxas, com uma média anual nessa modalidade de 8% a.m..

Enquanto isso, a menor taxa média anual foi a do Banco do Brasil, com 7,73% a.m. e diferença de quase 0,30 ponto percentual.

Vale lembrar, que o comparativo anual é efetuado com base nas pesquisas mensais realizadas pelo Procon-SP.