A caderneta de poupança, aplicação financeira mais tradicional dos brasileiros, continua a enfrentar a fuga de recursos. Em agosto, os brasileiros sacaram R$ 22,016 bilhões a mais do que depositaram, informou nesta terça-feira (06/09) o Banco Central (BC). É a maior retirada líquida registrada para um mês desde o início da série histórica, em 1995. Os depósitos totalizam R$ 316,243 bilhões, as retiradas em R$ 338,259 bilhões. Os rendimentos creditados somaram R$ 6,591 bilhões.
Com o desempenho de agosto, a poupança acumula retirada líquida de R$ 85,168 bilhões nos oito primeiros meses do ano. Esta é a maior retirada acumulada para o período desde o início da série histórica, em 1995.
Em 2022, a caderneta registrou captação líquida apenas em maio, quando o fluxo ficou positivo em R$ 3,515 bilhões. Nos demais meses, as retiradas superaram os depósitos, em um cenário de inflação e endividamento altos, combinado com rendimentos mais baixos por causa dos aumentos da taxa Selic (juros básicos da economia), que tornam outras aplicações de renda fixa mais atraentes.
No ano passado, a poupança tinha registrado retirada líquida de R$ 35,497 bilhões. A aplicação foi pressionada pelo fim do auxílio emergencial, pelos rendimentos baixos e pelo endividamento maior dos brasileiros.
(Redação – Investimentos e Notícias)