Antes de terminar o filme dramático de ficção científica “A Vida de Chuck”, o ator inglês Tom Hiddleston e o diretor norte-americano Mike Flanagan tiveram uma conversa sobre vida, morte e existência.
“Acho que (a conversa) foi muito mais profunda do que qualquer outra conversa que eu me lembre de ter tido com um ator”, disse Flanagan durante uma entrevista em Los Angeles.
Tanto para Hiddleston quanto para Flanagan, o ponto central do filme, baseado na obra homônima de Stephen King de 2020, é entender a essência de estar vivo.
“Adorei a sabedoria da história”, disse Hiddleston.
“Essa ideia de se apegar às pessoas que você ama e às pessoas que importam, porque você nunca sabe quando tudo vai acabar, e ter a coragem de viver o mais plenamente possível com o que você tem”, acrescentou.
O filme mostra Charles “Chuck” Krantz, cuja história de vida é contada cronologicamente de trás para frente, retratando a influência que ele tem sobre o mundo e também como o mundo o influencia.
“A Vida de Chuck” explora o existencialismo, a morte e a perda, e o apocalipse, encaixando-se nos elementos temáticos pelos quais King e Flanagan são conhecidos.
O elenco inclui Hiddleston como Chuck Krantz, Mark Hamill como o avô de Chuck, Albie Krantz, Chiwetel Ejiofor e Karen Gillan como os ex-cônjuges Marty Anderson e Felicia Gordon.
Além dos temas sobrenaturais, Hamill acredita que as mensagens de “A Vida de Chuck” se aprofundam nas divisões atuais do mundo real.
“Eu realmente acho que é o momento perfeito para esse filme, porque estamos tão divididos como nação e estamos lidando com uma afronta atrás da outra”, disse ele.
“É quase assustador abrir o computador todos os dias e ver o que está acontecendo agora. Por isso, acho que esse filme não poderia chegar em um momento melhor. É quase terapêutico”, acrescentou.
Da mesma forma, para Hiddleston, era imperativo que o filme oferecesse algo alegre, apesar dos momentos de perda ao longo da história. Isso incluiu uma grande cena de dança de Hiddleston.
O diretor de “Hush” disse que a cena da dança foi a primeira coisa que filmaram para o filme e o fez perceber que a “explosão de alegria” era o “coração da história”, que manteria tudo unido.
(Com Reuters)