A produção de carne de frango no Brasil atingirá um recorde de 15,86 milhões de toneladas métricas em 2026, segundo previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quarta-feira, após um surto localizado de gripe aviária em maio deste ano.
A Conab estima que a produção brasileira de carne de frango em 2025 será de 15,5 milhões de toneladas, acima das 15,4 milhões de toneladas previstas pela Associação Brasileira da Proteína Anima (ABPA).
Qualquer um desses números representaria uma produção recorde de carne de frango no maior exportador do mundo.
Os dados ressaltam a resiliência das empresas de carne, incluindo JBS e MBRF, uma vez que o Brasil enfrentou embargos comerciais temporários da China, Europa e outros grandes compradores depois que relatou seu primeiro surto de gripe aviária em uma fazenda comercial.
“As vendas no mercado internacional foram afetadas por um caso de gripe aviária em maio no Rio Grande do Sul”, disse a Conab. “Mesmo assim, os embarques permaneceram fortes, com outros mercados absorvendo uma parte significativa da produção, mitigando o impacto sobre as exportações.”
A gripe aviária tem desafiado os executivos do setor avícola e os governos de todo o mundo, levando à morte de centenas de milhões de aves nos últimos anos e interrompendo o fornecimento e o comércio global.
A forte perspectiva de produção de carne de frango no Brasil aumentou a disponibilidade doméstica, mesmo com exportações ligeiramente maiores, disse a Conab.
A agência estimou embarques este ano de 5,2 milhões de toneladas, acima das 5,15 milhões de toneladas em 2024.
A ABPA divulgará novas projeções para a produção e exportação brasileira de frango, suínos e ovos em 3 de dezembro.
A China, um dos principais destinos da carne de frango do Brasil, suspendeu o embargo às importações brasileiras relacionado à gripe aviária neste mês.
Em meio à reabertura do mercado chinês de carne de frango para o Brasil, a ABPA revisou a expectativa de embarques em 2025, que agora poderão fechar o ano em alta, disse a associação no último dia 7. A entidade não antecipou a nova projeção de embarques.
Sob impacto da gripe aviária, a ABPA havia reduzido em agosto suas projeções de exportações para o ano, vendo uma queda de 2% no ano, principalmente por conta do embargo chinês.
(Com Reuters)