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Meio Ambiente

Tempestade Melissa Devasta Caribe com Destruição e Mortes em Massa

  • 31/10/2025 - 16h50
  • Atualizado 2 meses atrás
  • 4 min de leitura

Melissa, uma das tempestades mais fortes já registradas a atingir o Caribe, começou a se dissipar nesta sexta-feira após deixar um rastro de destruição em grande parte da Jamaica, isolar comunidades em Cuba, encharcar o Haiti e deixar pelo menos 50 mortos.

Melissa foi a tempestade mais poderosa a atingir diretamente a Jamaica e o primeiro grande furacão a fazê-lo desde 1988. A empresa de previsão AccuWeather, dos EUA, estimou os danos e perdas econômicas entre US$48 bilhões a US$52 bilhões em todo o oeste do Caribe.

Melissa atingiu o sudoeste da Jamaica na terça-feira como um poderoso furacão de categoria 5, bem acima da velocidade mínima do vento para a classificação mais alta para furacões, e devastou muitas áreas já atingidas pelo furacão Beryl do ano passado.

A ministra da Informação da Jamaica confirmou pelo menos 19 mortes nesta sexta-feira, mas disse haver indícios de que mais corpos seriam recuperados. Cerca de 462.000 pessoas continuam sem energia e a distribuição emergencial de alimentos já começou, disse ela.

No Haiti, que não foi atingido diretamente, mas sofreu dias de chuvas torrenciais devido à tempestade de baixa intensidade, houve pelo menos 31 mortes e 20 desaparecidos, segundo autoridades.

Pelo menos 23 pessoas, incluindo 10 crianças, morreram na cidade de Petit-Goave, no sul do Haiti, quando um rio transbordou. Estradas, casas e terras agrícolas também foram danificadas pelas chuvas.

“É um momento triste para o país”, disse o chefe do conselho presidencial de transição do Haiti.

“Além das mortes e das pessoas desaparecidas, há muitos danos materiais: casas foram destruídas, campos inundados, gado perdido e estradas interrompidas.”

Autoridades também alertaram para o risco de cólera, que ressurgiu no Haiti em 2022 e se espalha por meio da água contaminada.

Em Cuba, que Melissa atingiu como um furacão de categoria 3, nenhuma morte foi registrada até esta sexta-feira, embora tenha causado grandes danos a casas, estradas e plantações. Centenas de milhares de pessoas foram retiradas do leste da ilha e dos arredores da segunda maior cidade cubana, Santiago de Cuba.

Melissa interrompeu as comunicações em cinco das 14 paróquias da Jamaica, disse o ministro do governo local, Desmond McKenzie, em uma coletiva de imprensa, ao apresentar uma avaliação inicial dos danos.

“Não é uma leitura bonita”, disse ele sobre a cidade portuária de Falmouth, no noroeste do país: “O prédio da prefeitura foi destruído. A enfermaria: destruída. O departamento de Estradas e Obras: destruído. O tribunal: destruído”

Voos transportando ajuda humanitária começaram a aterrissar na Jamaica na quinta-feira, enquanto o Exército do país convocava reservas para ajudar nos esforços de socorro e resgate.

“A situação no local é o que só pode ser descrita como apocalíptica”, disse o diretor do Programa Mundial de Alimentos para o Caribe, Brian Bogart, em uma coletiva de imprensa após visitar Black River.

“Parece que uma bomba explodiu naquela comunidade e as pessoas ainda estão em choque.”

Pamella Foster, moradora de Black River, disse que estava tentando ser forte para seus netos depois de voltar e encontrar sua casa destruída, com o telhado, as janelas e as portas arrancadas e a cozinha arrastada para o mar.

“Nós sobreviveremos”, disse. “Mas a dor é como se seu coração e seu estômago estivessem explodindo. É simplesmente demais.”

A empresa de previsão AccuWeather dos EUA disse que Melissa foi o terceiro furacão mais intenso observado no Caribe, assim como o de movimento mais lento, agravando os danos nas áreas afetadas.

Cientistas alertam que os furacões estão se intensificando mais rapidamente e com maior frequência como resultado do aquecimento das águas oceânicas causado pelas emissões de gases de efeito estufa. Muitos líderes caribenhos pediram às nações ricas e altamente poluidoras que ofereçam reparações na forma de ajuda ou alívio da dívida.

A partir das 12h desta sexta-feira (horário de Brasília), o Melissa era um ciclone pós-tropical com ventos máximos sustentados de 137 km/h, seguindo para nordeste em direção à Islândia e às Ilhas Faroe.

(Com Reuters)

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