Em um cenário afetado pelo fenômeno La Niña, que elevou os sinistros do seguro agrícola a níveis recordes e causou impacto de R$ 236 mi sobre o resultado, a BB Seguridade supera as adversidades e fecha o primeiro semestre de 2022 com lucro de R$ 2,6 bi, representando crescimento de quase 50% sobre o registrado no mesmo período do ano passado. Na comparação 2T22 versus 2T21, o lucro líquido cresceu 87%, atingindo o nível recorde de R$ 1,4 bi.
No semestre, o resultado operacional não decorrente de juros (ex-holdings) cresceu 25,1%, com queda da sinistralidade no 2T22, que recuou 23,7 p.p. em relação ao 2T21 (-8,7 p.p. em relação ao 1S21), e um forte desempenho comercial em todas as empresas investidas.
O resultado financeiro consolidado, líquido de impostos, de todo o conglomerado – BB Seguridade e de suas investidas – totalizou R$ 398,6 milhões no 1S22, deixando para trás o saldo negativo de R$ 37,0 milhões do mesmo período de 2021. A elevação da taxa Selic, o menor impacto da diferença de índices de inflação no resultado financeiro dos planos de benefício definido da Brasilprev e a expansão do saldo médio de ativos financeiros explicam o desempenho.
Com a sinistralidade retornando a patamares normalizados no segundo trimestre e o desempenho comercial acelerando, principalmente no segmento de seguros, a BB Seguridade decidiu revisar para cima a sua estimativa de crescimento do resultado operacional não decorrente de juros (ex-holdings), que agora passa a prever uma evolução entre 15% e 20% em 2022. O guidance de crescimento de prêmios emitidos da Brasilseg também foi incrementado, prevendo agora uma expansão entre 20% e 25%.
Destaques da BB Seguridade:
- Seguros: com crescimento de 21,2%, volume de prêmios emitidos chega a R$ 6,6 bilhões no semestre
O crescimento no volume de prêmios de seguros acelerou para 21,2%, novamente superando o intervalo de estimativas do guidance. O seguro rural continuou como o principal destaque, evoluindo 43,1% em relação ao 1S21, suportado pela expansão do crédito rural no Banco do Brasil para custeio da Safra 22/23. Os seguros de vida (+5,8%), residencial (+27,1%) e empresarial/massificados (+46,4%) também cresceram, impulsionados por vendas novas. A queda de 8,7 p.p. da sinistralidade e a alta de 135,6% do resultado financeiro levaram o lucro líquido do segmento de seguros a um crescimento de 89,5% em relação ao 1S21.
- Previdência: captação bruta cresce 12,8% nos primeiros seis meses do ano
No acumulado até junho, a captação bruta em previdência totalizou R$ 24,7 bilhões, o que representou um incremento de 12,8% em relação ao mesmo período de 2021. Em 12 meses, as reservas de previdência expandiram 4,3%, suportando o crescimento de 5,4% nas receitas com taxa de gestão em relação ao 1S21. Tal fator, aliado a um resultado financeiro positivo de R$ 104,1 milhões, que reverteu o valor negativo de R$ 393,3 milhões reportado no primeiro semestre do ano passado, fizeram com que o lucro líquido da operação mais do que dobrasse no período, chegando a R$ 632,3 milhões.
- Capitalização: arrecadação sobe 25,9% no semestre
A arrecadação com títulos de capitalização totalizou R$ 2,6 bilhões, crescimento de 25,9% nos seis primeiros meses do ano, impulsionada pelo maior ticket médio dos títulos de pagamento único e pela evolução nas vendas de títulos de pagamento mensal. A margem financeira expandiu 1,9 p.p., o que fez com que o lucro líquido do segmento crescesse 68,4% em relação ao 1S21.
(Redação – Investimentos e Notícias)