Os futuros do farelo de soja da China caíram nesta quinta-feira, encerrando uma recuperação de cinco sessões, conforme investidores voltaram o foco para as expectativas de fortes chegadas de soja e as preocupações com as tarifas se dissiparam.
O contrato mais ativo do farelo de soja na Bolsa de Mercadorias de Dalian caiu 1,79%, para 3.077 iuanes (US$418,96) por tonelada, a maior queda diária em um mês.
Na quarta-feira, a China anunciou que aumentaria as tarifas sobre as importações dos EUA para 84%, em resposta às tarifas mais altas impostas pelos EUA sobre os produtos chineses, aprofundando as tensões entre as duas superpotências.
Anteriormente, a China havia imposto tarifas de 10% a 15% sobre US$21 bilhões em produtos agrícolas e alimentícios norte-americanos.
O aumento das tarifas pela China teve impacto limitado nos mercados domésticos, sem efeitos significativos esperados até que os suprimentos da nova safra dos EUA estejam disponíveis em outubro, disseram traders e analistas.
“O sentimento otimista anterior para o farelo de soja está desaparecendo à medida que traders digerem os ganhos recentes e mudam o foco para uma esperada onda de importações de soja do Brasil no segundo trimestre”, disse Wan Chengzhi, analista da Capital Jingdu Futures.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em uma forte reviravolta na quarta-feira, anunciou uma flexibilização temporária das tarifas recíprocas que acabara de impor a dezenas de países, mas manteve a pressão sobre a China, que detém a segunda maior parcela das importações norte-americanas.
Trump disse que aumentaria imediatamente a tarifa sobre as importações chinesas para 125%, ante o patamar de 104% que entrou em vigor na quarta-feira.
A disputa tarifária entre a China e os EUA já acelerou a migração da China para os suprimentos brasileiros de soja, preparando o terreno para importações recordes no segundo trimestre.
(Com Reuters)
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