Investimentos

Cresce interesse das classes A e B no CDB 

A poupança sempre foi o investimento preferido dos brasileiros por muitos anos, independentemente da classe social.  No entanto, esse quadro vem mudando e o CDB começa a ganhar força, principalmente entre os mais ricos. É o que revela dados da pesquisa C6 Bank/Ipec, que ouviu mil brasileiros das classes A e B com acesso à internet.

De acordo com a pesquisa, cerca de 22% dos entrevistados declararam possuir algum recurso aplicado em CDBs, um valor muito próximo ao da tradicional poupança, que chega a 28%. Um dos fatores para essa mudança de cenário é a atual taxa Selic, fixada em 13,75% ao ano, que leva a uma perda da rentabilidade da poupança para os investimentos de renda fixa. É preciso lembrar que toda vez que a Selic fica acima de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança é de 0,5% + TR.

Atualmente, por exemplo, no C6 Bank, o cliente encontra o CDB prefixado de um ano com uma remuneração de 14,3% ao ano, um rendimento maior que os atuais 6,17% da poupança. Outra vantagem do CDB é que ele é tão seguro quanto a poupança, uma vez que os dois investimentos possuem a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

A pesquisa C6 Bank/Ipec também mostra que os outros investimentos que contam com uma forte adesão dos segmentos mais ricos são, na sequência, fundos de investimentos (16%), ações (14%), Tesouro Direto (13%) e LCI/LCA (9%). Somente 1% afirma aplicar em debêntures. O estudo aponta que 64% dos entrevistados nessa faixa de renda se sentem confortáveis em receber assessoria sobre investimentos de forma digital.

Como o público A e B investe 

A maioria (51%) dos brasileiros das classes AB diz possuir investimento em bancos ou plataformas digitais. O percentual chega a 59% na faixa etária de 35 a 44 anos. Por outro lado, quase metade desse público (49%) afirma que não mantém nenhum tipo de investimento. A pesquisa mostra ainda, que a maior parte do público de alta renda concentra seus investimentos nos novos concorrentes – 56% dos entrevistados da classe A e B dizem manter a maior parte dos recursos em um banco ou instituição sem agência física. Esse percentual sobe para 68% quando se trata de CDBs, produto que se popularizou com o avanço das instituições digitais.

Um dado interessante do estudo revela que 18% dos brasileiros da classe A possuem investimento no exterior, o que é um valor elevado, uma vez que até bem pouco tempo atrás era muito complicado ter acesso a aplicações fora do país. Já entre as pessoas pertencentes à classe B, essa fatia é de 12%. Os investimentos no exterior normalmente são indicados para diversificar a carteira e proteger o patrimônio em caso de oscilações de mercado. “Ao lançar uma conta de investimento com saldo em dólar, quisemos dar a oportunidade de diversificação internacional para um público que não tinha essa opção”, afirma o head de investimentos do C6 Bank, Igor Rongel.

Outra conclusão do estudo mostra que 86% dos entrevistados que possuem algum tipo de investimento aumentaram o total investido nos últimos 12 meses. Entre eles, 66% fizeram novos aportes em produtos que eles já possuíam e 33% aplicaram recursos em novas opções de investimento.

 A pesquisa C6 Bank/Ipec foi realizada entre os dias 29 de agosto e 8 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

(Redação – Investimentos e Notícias)