Os chamados títulos de capitalização são uma espécie de “economia programada”, que oferecem ao investidor a participação em sorteios diversos e com prêmios bastante atrativos.
De acordo com Superintendência de Seguros Privados – órgão do governo responsável pela regularização desse tipo de investimento – a capitalização é composta por pagamentos feitos por quem contrata o título e esses valores são contabilizados de três formas: cota de capitalização, cota de sorteio e cota de carregamento.
No serviço de capitalização, uma parte do pagamento é utilizada para formar um capital que será devolvido mais para frente. O restante serve para custear os sorteios e as despesas administrativas das sociedades, o que significa que o investidor terá direito a resgatar somente parte daquilo que investiu.
Os sorteios acontecem semanalmente, mensalmente, trimestralmente ou semestralmente e a cota de sorteio serve para arcar com o valor da compra dos prêmios distribuídos em cada série.
Já a cota de carregamento destina o valor adquirido para cobrir as despesas com corretagem, colocação e administração do título, além do lucro da sociedade.
Os pagamentos
As modalidades de pagamento dos títulos são chamadas de PM, PP e PU. A primeira prevê um pagamento a cada mês de vigência do título. A segunda não inclui relação entre o número de pagamentos e o número de meses de vigência do título. Enquanto que a terceira funciona como um título em que o pagamento é único, tendo sua vigência estipulada na proposta.
Como optar por um título de capitalização?
Assim como nos demais produtos para investimento, nunca aplique seu dinheiro antes de saber muito bem como o serviço funciona. Para isso, leia o contrato atentamente e não se esqueça de exigir o documento chamado de “Condições Gerais” quando estiver diante de uma decisão de investimento em títulos de capitalização. Isso porque, cada título possui suas particularidades, já que os bancos e suas seguradoras podem criar essas modalidades com as mais diversas características e regras.
No entanto, vale lembrar que os títulos de capitalização podem não ser tão interessantes assim. Se comparados com a caderneta de poupança, que é a opção de “investimento” mais conhecida dos brasileiros, os títulos se mostram muito inferiores, pois quando a pessoa investe R$ 100 na poupança, por exemplo, ela sabe que poderá resgatá-lo a qualquer momento, porém corrigido.
Já no caso da capitalização, o procedimento é outro. Se a pessoa investe R$ 100 em um título, não conseguirá resgatar a totalidade do valor investido, visto que uma parte deste valor fica com a instituição financeira dentro da cota de carregamento, conforme explicado aqui.
Além disso, os juros e a TR (taxa referencial) também incidem somente no valor da cota que será entregue ao final da vigência do contrato. Ou seja, procure outros meios de investimento se quiser que seu dinheiro realmente traga lucros dentro de um certo período, pois os títulos de capitalização não são a melhor escolha para isso.
(Redação – Investimentos e Notícias)