O período de Imposto de Renda começou nesta quarta-feira, 15, e, com isso, os contribuintes já podem baixar o programa da Receita Federal para enviarem suas declarações.
Segundo a Receita Federal, a antecipação da liberação do programa, que começou no dia 9 de março, teve como objetivo evitar congestionamentos no sistema e facilitar a vida de todos que precisam declarar seus ganhos.
No entanto, muitas pessoas só pensam no IR quando começa o prazo para prestar contas ao governo, e é neste momento que alguns percebem o tamanho do impacto do tributo sobre rendimentos e lucros.
Pensando nesse cenário, nada melhor que buscar alternativas de investimentos que não exijam tantos esforços tributários ao investidor, a fim de ter uma relação mais saudável com a prestação de contas anual ao Fisco.
Para a especialista do Banco Daycoval, Larissa Gomes, pessoas físicas precisam entender a importância de uma declaração completa, inclusive com os lucros obtidos nas aplicações financeiras – ainda que isentos de tributação. “Muitos ficam indecisos na hora de declarar as aplicações e acabam declarando em alguns anos e em outros não”, afirma a bancária.
Ainda de acordo com a especialista, valores que surgem de repente nas declarações dos anos posteriores ou mesmo o surgimento desse ativo ligado ao CPF de uma pessoa física podem gerar inconformidade na Receita Federal e levar o pequeno investidor para a malha fina.
Como evitar
Para tentar diminuir o risco de o contribuinte ter problemas com o IR, o banco Daycoval disponibiliza um e-book todos os anos, que contém orientações para quem prefere declarar sem a necessidade de contratar um contador.
A publicação destinada aos clientes indica que é preciso saber lançar os investimentos para garantir a rentabilidade da carteira. Além disso, a instituição também orienta detalhadamente em quais abas e de que modo a pessoa deve declarar aplicações de renda fixa, como CDB, LCI, LCA, CRI, CRA, Debêntures e Tesouro Direto.
Os rendimentos variáveis (como Ações, ETFs, Fundos Imobiliários e Fundos de Investimento), por sua vez, são outra peça-chave para o bom andamento dos recursos.
Por fim, o e-book apresenta, ainda, as diferentes alíquotas aplicáveis a cada modalidade, sendo que “os fundos de investimento, que têm o Imposto de Renda retido na fonte, e a poupança, são os mais fáceis de lidar”, explica Larissa.
SERVIÇO
Para preencher as informações sobre os investimentos na declaração do IR, é preciso ter em mãos o informe de rendimentos do ano passado, documento fornecido pelas instituições financeiras por meio das quais foi feito o investimento. É no informe que estão todos os dados que devem constar na declaração.
Quem se enquadra nas regras de obrigatoriedade do Imposto de Renda, como atingir determinadas faixas de Renda ou operar na Bolsa de Valores, deve declarar os investimentos, de todas as classes, que estavam na Carteira no ano anterior, ainda que o produto seja isento.
Os ativos devem ser discriminados em áreas específicas da declaração e, quando há incidência de imposto, a alíquota varia de acordo com o tipo de investimento e o prazo. Muitas vezes, especialmente na renda fixa, a cobrança é feita de acordo com a tabela regressiva do IR. Portanto, investimentos de médio e longo prazo costumam ter menos incidência de imposto.
Dias | Alíquota |
Até 180 dias | 22,5% |
De 181 a 360 dias | 20% |
De 361 a 720 dias | 17,5% |
Acima de 720 dias | 15% |
Planejar o Imposto de Renda pode resultar, inclusive, em um pagamento menor do tributo, devido à organização de recibos, entendimento de regras e até mesmo escolha de aplicações nas quais o IR é isento ou mesmo investimentos de médio e longo prazo que costumam ter menos incidência de imposto.
Vale lembrar que, em 2023, o prazo para entrega da declaração tem início no dia 15 de março e se estende até 31 de maio.