Não está fácil para ninguém. De julho para cá o número de contas pagas em atraso pelo povo brasileiro chegou a 9,1%. Segundo levantamento feito pela Celcoin, faturas de cartão de crédito, compras online, consórcios e prestações de serviço foram as mais afetadas.
Ao todo, a empresa que fornece infraestrutura de tecnologia financeira de tecnologia financeira para os bancos registrou um crescimento de 23% no número de contas atrasadas no Brasil. No primeiro trimestre de 2022 o percentual era de 7,4%.
“O aumento da inflação e os impactos da pandemia do novo coronavírus na economia, foram alguns dos fatores que, somados, resultaram em um volume maior de contas com pagamento postergado. Apesar disso, a tendência é de que nos próximos meses o percentual de contas pagas em atraso retroceda, pois os indicadores de inflação indicam queda”
Adriano Meirinho, co-fundador e CMO da Celcoin
No levantamento, a Celcoin entendeu também que os brasileiros que utilizam serviços financeiros presenciais foram os que mais realizaram pagamentos em atraso. Ao todo, representam 14,5% do volume de contas atrasadas.
Por outro lado, quem utiliza internet banking ou outros meios de movimentação financeira online, representa 5,8% deste número. No começo do ano, os percentuais eram de 12,5% e 5,8% respectivamente.
Quais os tipos de contas atrasadas?
Levando em consideração o impacto econômico deixado pela pandemia e a inflação em constante aumento no país, a população do país deu preferência a pagamentos de serviços fixos como contas de energia, água, gás e internet.
Por consequência, os atrasos foram acumulados nas contas variáveis: faturas de cartão de crédito, compras online, consórcios ou prestações de serviço. O levantamento revela que o percentual de contas fixas pagas em atraso é de 2,5% enquanto o das variáveis chega a 17,7% no segundo trimestre do ano.
Para a pesquisa, foram analisados 222 milhões de transações, totalizando mais de 10 milhões de CPF únicos.
Como não ter contas em atraso?
O atraso das contas nem sempre consegue ser evitado, mas para o bem da sua saúde financeira é indicado que isso não se torne um hábito. Algumas táticas que podem ajudar são o planejamento de gastos e a educação financeira.
Estude sobre educação financeira
A educação financeira é responsável por te ajudar e ter uma relação mais saudável com o seu bolso. Entendendo mais sobre o seu dinheiro e as possibilidades de gastos e investimento, você entende mais sobre si próprio e seus consumos.
Aprenda a se planejar
Com um planejamento de gastos bem estruturado, e seguido, fica mais fácil realizar esse match entre o seu salário e as suas contas a pagar no fim do mês. Talvez seja o momento de cortar alguns gastos que podem ser adiados ou evitados.
Setorize seu dinheiro
É possível ainda separar o seu dinheiro em setores: lazer, contas a pagar, aluguel, investimentos, fundo para emergências e etc. Dessa maneira é mais fácil se ater ao orçamento e saber exatamente para onde está indo cada centavo.
Uma boa opção para ajudar com isso é ter um aplicativo de gerenciamento financeiro ou uma planilha de orçamento. Pois assim é possível dividir bem os gatos setorizando e classificando cada um deles.
Pague suas contas em débito automático
E, por fim, o débito automático pode ser um aliado das outras duas táticas. Nem sempre o atraso nas contas é problema financeiro, pode ser o caso de uma desorganização do dinheiro.
Ao optar pelo débito automático esse risco diminui já que você pode programar pagamentos automáticos para as datas de vencimento dos boletos. Tudo o que você vai precisar fazer depois é garantir que aquela quantia esteja na sua conta bancária no dia de pagar.
E claro que você também pode sempre optar por mudar as datas de vencimentos. Entre em contato com as companhias de serviços básicos (luz, internet e água), com o seu banco e proprietário para ver a possibilidade de alterar o dia de pagamento dos seus boletos.