Educação financeira

O que é renda fixa e quais são suas alternativas?

Renda fixa é todo tipo de investimento que tem regras de rendimento definidas antes. Na hora de aplicar, o investidor já fica sabendo o prazo e a taxa de rendimento ou o índice que será usado para valorizar o dinheiro investido. Ela pode ser do tipo prefixada, quando a taxa é definida previamente e se mantém a mesma, ou pós-fixada.

No modelo pós-fixado, o retorno se dá pelo acompanhamento de um indicador, como a taxa básica de juros da economia (Selic), o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e assim por diante. Há, ainda, a modalidade híbrida — que mescla as duas anteriores.

Quais são os tipos de renda fixa?

Poupança

A poupança é a aplicação mais popular do Brasil e é conhecida por sua facilidade. Basta abrir uma caderneta de poupança e aplicar o seu dinheiro, que renderá uma vez ao mês. A liquidez é diária e você pode fazer retiradas quando desejar. Inclusive, utilizando o cartão de débito.

A única questão é que sua rentabilidade é bastante baixa. Em muitas situações, seu o retorno perde para a inflação. Com isso, há perda de poder de compra ao longo do tempo.

Algumas vantagens da poupança são a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e a isenção de Imposto de Renda.

Títulos privados

Os títulos privados são alternativas em que o investidor se torna um credor. Basicamente, os títulos servem para captar recursos, que serão usados por instituições e empresas.

O Certificado de Depósito Bancário (CDB), por exemplo, é um título que capta dinheiro para bancos e instituições financeiras. Ele pode ser prefixado ou pós-fixado.

O CDB também tem cobertura do FGC. O fundo garante o pagamento ao investidor, mesmo se a instituição decretar falência. Os limites são de R$250 mil por CPF e conglomerado financeiro, com teto máximo de R$1 milhão a cada 4 anos.

Além do CDB, alguns títulos comuns são as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA). Elas estão relacionadas aos dois mercados citados. O rendimento pode ser prefixado e pós-fixado. O diferencial delas é a isenção de IR.

E ainda tem as Debêntures que são títulos de dívidas de sociedades anônimas com capital aberto. Assim como os demais, o rendimento pode ser fixo ou acompanhar algum indicador de mercado. As debêntures não têm cobertura do FGC.

Títulos públicos

Os títulos públicos estão entre as alternativas mais procuradas da renda fixa.

O Tesouro Direto pertence ao Governo Federal, fazendo com que o investidor se torne credor do país. Os recursos captados por meio dos investimentos financiam programas, obras e serviços diversos no país. Em relação a outros investimentos, os títulos públicos se destacam pela segurança. A liquidez diária também é uma vantagem.

Existe mais de uma aplicação disponível. Veja quais são:

  • Tesouro Prefixado: tem o retorno determinado no momento de aquisição do título;
  • Tesouro Selic: do tipo pós-fixado, acompanha a taxa Selic;
  • Tesouro IPCA+: do tipo híbrido, rende sempre a inflação e uma taxa prefixada.

Embora todos tenham liquidez alta, os títulos de Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA podem sofrer variação acentuada por conta da marcação a mercado. Logo, o Tesouro Selic, por ser mais estável, é mais adequado para reserva de emergência ou objetivos de curtíssimo prazo.

Para quem está começando a investir agora e tem pouco dinheiro disponível para iniciar, alguns títulos privados e os títulos públicos são alternativas interessantes.

(Redação – Investimentos e Notícias)