A inflação, como muitos sabem, é processo de subida dos preços de produtos e serviços em determinados períodos. Já do outro lado da “moeda” está a deflação, que é a situação oposta da inflação, quando os preços passam a cair de forma constante ao invés de subir.
A deflação ocorre quando os índices de preços de uma economia começam a trabalhar em baixa. As causas estão relacionadas com a oferta e demanda, ou seja, a oferta de um produto passa a ser maior do que a demanda por ele.
Esses fatores estão relacionados basicamente ao consumo e saúde da economia de forma geral. Em 2018, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou uma zona de deflação de 0,16% no mês, quando começou a se falar no assunto com mais frequência aqui no Brasil.
Os dados são compostos a partir do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que analisou e identificou a queda de preços em diversos produtos e serviços do mercado brasileiro, como transporte, produtos de higiene e alimentação.
Apesar de parecer algo bastante positivo, a deflação pode representar perigo para uma economia se for mantida por longos períodos. Um exemplo disso foram os Estados Unidos, que naquela época fizeram com que as empresas se vissem obrigadas a cortar os preços dos produtos, o que levou o país a um estado de recessão.
Esta queda dos preços, que acabou não tendo previsão de subida, refletiu diretamente em perda de empregos e queda da renda dos cidadãos americanos, colocando todo o país em uma das maiores crises econômicas de sua história.
Partindo desse exemplo, o que se espera é que haja uma elevação controlada de tempos em tempos para que os demais indicadores também funcionem de maneira mais organizada, ajudando na renda da população, oferta de empregos e consumo.
O que causa a deflação?
Assim como já falamos anteriormente, a deflação é movida pelo excesso de produção e falta de consumo. Imagine uma alta na produção de um produto, mas, em contrapartida, a população não está procurando esse produto nos mercados para comprar nem mesmo seus derivados. O resultado dessa alta oferta e pouca procura é a redução de preços para que o consumo seja, então, estimulado.
Outro fator que também pode causar a deflação é a pouca quantidade de moeda em circulação. Isso porque, quanto menos dinheiro circulando, menor é o número de pessoas comprando, o que pode afetar a produção, gerando novamente queda nos preços e problemas na economia.
Com isso, fica fácil entender porque a deflação é um processo tão ruim quanto a inflação. Ela tende a virar uma bola de neve envolvendo desde o produtor até o consumidor final, já que um depende do outro para sobreviver.
Um agricultor que não consegue vender sua safra, se vê obrigado a baixar os preços de seus produtos e a demitir funcionários para conseguir se manter. Os funcionários, por sua vez, ficam sem dinheiro para fazer compras e impactam a produção das indústrias, que identificam pouca procura nos pontos de vendas. Assim segue essa roda gigante que influencia em todos os sentidos.
A desinflação
Mas atenção! A alta desacerbada dos preços de produtos e serviços também não é boa e, por isso, é tão importante que aconteça a desinflação – processo de diminuição da inflação, que acontece quando há uma subida dos preços, porém, menor do que o esperado.
Exemplo: Quando vamos ao mercado e encontramos um açúcar com preços 10% mais altos em janeiro do que o valor do mês anterior, porém, em fevereiro ele sobe 5% e em março apenas 2%, aí está uma situação de desinflação.
Ou seja, enquanto na deflação encontramos um movimento de queda de preços, na desinflação o movimento é de subida, mas em um percentual menor do que era apresentado ou esperado para o período.
É importante que você entenda os conceitos desses termos para saber como utilizar seu dinheiro, tanto para encontrar o melhor momento para gastar, quanto para investir no seu futuro. Além disso, sempre devemos lembrar da necessidade de se ter uma reserva financeira, que certamente evitará maiores turbulências caso ocorra uma inflação ou deflação.
IPCA
Vale lembrar também, que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) é o indicador medido mês a mês pelo IBGE que representa a variação de preços no mercado. É através dele que conseguimos visualizar se o cenário é de inflação, deflação ou desinflação.
Com isso, ele também passa a ser uma ferramenta necessária para quem costuma investir, já que alguns fundos de investimentos apresentam rentabilidade relacionada a este indicador.
Atente-se para o fato de a poupança perder seus rendimentos para a inflação. Desta forma, analise com cuidado sempre que quiser investir seu dinheiro, pois com inteligência, você consegue aplicar bem seu patrimônio e multiplicá-lo com o tempo.
(Redação – Investimentos e Notícias)