O endividamento já atinge quase 80% das famílias brasileiras, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em agosto, o percentual de famílias endividadas era de 79%.
Nesse cenário, o empréstimo pessoal ganha força, especialmente porque se tornou mais acessível nos últimos anos, podendo ser solicitado em poucos minutos, de forma totalmente online. Contudo, recorrer ao crédito exige planejamento.
“Muitas vezes, as pessoas acabam contraindo um empréstimo sem traçar com antecedência qual será o destino desse dinheiro. É importante ser consciente, não pedir crédito por impulso e planejar como ele será aplicado, antes de fazer a solicitação. Assim, o empréstimo se torna solução e não mais um problema”, comenta Túlio Matos, sócio fundador da iCred, fintech criada para facilitar o acesso ao crédito e empréstimo pessoal.
O especialista orienta que, seja qual for a necessidade do dinheiro (pagar uma reforma, despesas de educação, viagens ou urgências inesperadas), antes de solicitar o empréstimo, é preciso ter certeza de que, em longo prazo, será possível pagar as parcelas e ainda guardar uma reserva para imprevistos.
Pedir um empréstimo deve ser uma decisão bem pensada
A primeira análise que deve ser feita é sobre o orçamento da família que deseja tomar um empréstimo, já que esse é um compromisso a longo prazo. Portanto é preciso se atentar se as parcelas cabem no bolso.
Além disso, é muito importante não comprometer toda a renda da família com as prestações do empréstimo. O recomendado é que não ultrapasse 30% do orçamento familiar. Do contrário, ao invés de sanar as dívidas, pode aumentá-las.
Outra dica é manter uma lista de prioridades de contas a serem quitadas e de novos planos, para se ter uma visão do todo e facilitar uma aplicação inteligente do dinheiro.
Escolha com sabedoria
Escolher de forma correta a instituição é tão importante quanto fazer o empréstimo em si, já que existem diversas empresas agindo de má fé, principalmente para quem busca crédito online.
“É preciso estar atento e fazer escolhas prudentes, sobre onde, como e quando pedir empréstimo. Esse recurso deve ser o fim de problemas e não um risco de mais endividamento desnecessário”, finaliza Matos.