Os ETFs, para quem não conhece, são fundos de investimento que têm suas cotas negociadas em bolsa de valores.
Eles trabalham oferecendo maior liquidez ao investidor e são chamados fundos de índices por seguirem o desempenho de um índice de referência, que pode ser brasileiro ou internacional. Isso significa, que quando a pessoa adquire um ETF, ela está comprando uma carteira diversificada de ativos.
A novidade, a partir desta segunda-feira, 30, é que esses ETFs que pagam dividendos começarão a ser listados na Bolsa de Valores do Brasil, devido a pedidos já antigos dentro do mercado financeiro.
Os ativos poderão ser listados no mesmo conceito de ações locais e internacionais.
De acordo com a B3, com o processo atual, o gestor do ETF poderá estabelecer junto ao regulamento do fundo uma periodicidade para que a distribuição de proventos aconteça. Esses prazos deverão ser mensal, semestral, anual ou qualquer outro período, desde que seja maior que 30 dias.
O recurso chega para diversificar a lista dos investidores, que já podem negociar ETFs de criptoativos e renda fixa, além dos tradicionais ETFs de índices de ações, como os que seguem o Ibovespa B3, por exemplo.
Vale lembrar, que os proventos pagos por esses ativos estão sob a incidência do imposto de renda, que será retido pelo administrador da carteira.
Além disso, os ETFs já listados não terão a opção de distribuir proventos, sendo apenas novos fundos listados a aderirem a essa condição.
Para Marcos Skistymas, superintendente de Produtos de Equities, Juros e Moedas da B3, a ampliação do produto é vista de forma muito positiva pelos agentes. “Isso fará com que o investidor possa escolher aplicações adequadas a seu perfil de risco, seus objetivos e à necessidade de diversificação da carteira, tão importante para a administração de riscos”.
Veja mais em: Saiba tudo sobre ETFs, as vantagens e desvantagens de investir nesses fundos
Dados sobre ETFs
Os ETFs são, hoje, parte de uma cesta diversificada de ações, que contam com muitas classes de ativos separados por recortes geográficos, setoriais, por tamanho de empresas e mercados.
Atualmente, os investidores contam com 91 ETFs disponíveis na bolsa brasileira, sendo 11 ETFs de renda fixa e 80 de renda variável, separados em 33 nacionais e 47 internacionais.
Ainda de acordo com os dados da B3, só no ano passado, a bolsa registrou 92 milhões de negócios com essas aplicações, que movimentaram uma média de R$ 1,489 bilhão por dia.
Outro número importante, é que dos 536 mil investidores do produto, quase 532 mil são pessoas físicas.
Para quem deseja abrir um novo leque em sua carteira de investimentos, basta procurar uma corretora para começar a negociar o ativo como ação.
Como investir em ETF
As vantagens de ter um ETF na carteira de investimentos são: simplicidade na negociação, diversificação dos investimentos, facilidade de balanceamento, custo administrativo e uso variado do ativo.
É possível, por exemplo, tomar ETFs emprestados para vendê-los no mercado à vista ou até como margem de garantia para operações no mercado futuro, fazendo assim uma renda extra.
Quem deseja investir em ETFs deve primeiramente escolher uma corretora, considerando aspectos como os custos de operação e a variedade de opções de investimentos da instituição. Não se esqueça de verificar a qualidade da plataforma de negociação e o acesso ao suporte para tirar dúvidas.
Após abrir a conta, basta transferir os recursos – por meio de TED ou DOC – para começar a operar.
A escolha do ETF deve obedecer a alguns critérios. Em primeiro lugar, o investidor deve verificar se o produto está adequado ao seu próprio perfil de risco. Se for um ETF de renda variável, por exemplo, o investidor deve estar preparado para as oscilações que podem acontecer nas cotas, mantendo a aplicação no longo prazo, de modo a capturar os ganhos e superar eventuais perdas momentâneas.
O mais importante de tudo é dedicar um tempo para estudar um pouco sobre as variedades de ETFs, que refletem diferentes tipos de indicadores do mercado. As corretoras e casas de análise, inclusive, costumam disponibilizar relatórios de recomendação para que o investidor compre e venda seus papéis com mais informações sobre os papéis.
Esse recurso pode ser um bom começo para quem deseja conhecer melhor o mercado de ETFs.