O ranking das bolsas de valores que mais negociam contratos futuros no mundo, apresentado pela Futures Industry Association, mostrou que a B3 atingiu o primeiro lugar em sua pesquisa.
Segundo a FIA, que é uma associação global para os mercados de futuros, opções e derivativos com contraparte central, só em 2022, foram 5,76 bilhões de contratos negociados pela bolsa brasileira, sendo 112% a mais do que a Bolsa de Instabul e 120% a mais do que a Chicago Mercantile Exchange (CME), que ficaram com as segunda e terceira posições.
De acordo com o estudo, a B3 também conquistou a primeira colocação em outras duas categorias. Foram elas: “contratos futuros ligados a um índice de ações” e “contratos futuros de taxa de juros”.
O primeiro item ficou com destaque para o futuro mini de Ibovespa, com 4 bilhões de contratos negociados no ano. No segundo lugar veio o E-mini S&P 500, com 504 milhões de contratos, e o Micro E-mini Nasdaq 100 Index, com 365 milhões. Os dois são negociados pela bolsa americana CME.
Já a categoria “contratos futuros de taxa de juros” deu o pódio à B3 pelo Futuro de DI1, com 657 milhões de contratos negociados no mundo. Em seguida, vieram 463 milhões do 10 Year Treasury Note – da Chicago Board of Trade – e 419 milhões do 3 Month Secured Overnight Financing Rate (SOFR) – da CME.
Ainda segundo os dados apresentados pela FIA, o mini de dólar da B3 foi o segundo contrato futuro de moedas mais negociado do mundo, com 863 milhões de contratos no ano, atrás apenas da National Stock Exchange of India, com 1 bilhão.
Para Luís Kondic, diretor executivo de Produtos Listados e Dados da B3, isso mostra a competitividade do nosso mercado. “Além de investidores locais ampliando participação na bolsa do Brasil, há também grande parcela de investidores estrangeiros negociando por aqui e não apenas em produtos ligados a juros como também a ações de companhias brasileiras e moedas”.
Opções sobre Ações
Além dessa marca, a bolsa de valores brasileira atingiu outros bons números, liderando o ranking em negociação de opções de ações individuais, com o patamar de 1,8 bilhão de negócios no ano.
Em segundo lugar ficou a National Stock Exchange of India, com 810 milhões, seguida pela NYSE Arca, com 714 milhões.
Vale lembrar, que a FIA reúne dados de 87 bolsas no mundo, incluindo os principais mercados como Estados Unidos e Europa.