Bitcoins

Impulsionamento das criptomoedas segue nos próximos meses

O primeiro trimestre foi bastante impactante para os mercados de criptomoedas, que apresentaram um desempenho impressionante no período. No entanto, o segundo trimestre chega com incertezas na mesa dos investidores.

Segundo especialistas, janeiro foi o mês de aprovação do ETF Bitcoin à vista, considerado um ponto importante de mudança para o sistema de moedas digitais. Isso porque, o mercado aguardava essa posição desde o segundo semestre do ano passado na Securities Exchange Comission – CVM dos EUA, mas só conseguiu observar as modificações a partir de 2024.

Ou seja, após a SEC aprovar a listagem de ETFs de bitcoin, um efeito de venda ocorreu no nas bolsas por um curto período de tempo. Com isso, a aceleração das entradas de fundos no mercado à vista de ETF de Bitcoin acabou tendo um impacto na moeda a partir de fevereiro, registrando o preço da principal criptomoeda do mundo em US$ 73.777 em março, atingindo um novo recorde.

Esse efeito “manada” alimentou os ânimos dos investidores, fazendo com que o preço de outras criptomoedas fosse elevado a cada semana. A tendência iniciou-se com o avanço de preço das chamadas Memecoins, levando a grandes altas em altcoins, incluindo moedas de inteligência artificial (RWAs e DePin).

O resultado de todo esse trabalho foi a entrada de 1 trilhão de dólares de capital no mercado de criptomoedas somente no primeiro trimestre, aumentando o valor de mercado em 63% nos últimos 3 meses, para US$ 2,7 trilhões.

Além disso, o bitcoin fechou o primeiro trimestre em US$ 71.366, com um aumento de 68% no valor nesse período. O fechamento trimestral da moeda digital também foi extremamente importante, visto que ele ficou acima da área de pico dos períodos anteriores.

Novos períodos

Com a vinda de um novo ciclo, o mercado de ETF à vista, particularmente recebido com grande entusiasmo pelos investidores, permitirá a entrada de dinheiro no setor. Porém, os movimentos de preços em março não revelaram o fato de a negociação de ETF acarretar riscos.

Um deles é que o preço do bitcoin foi afetado pela saída negativa de fundos, vendo flutuações acentuadas semanais superiores a 10%. Ou seja, essa parte pode sofrer elevação da dependência externa do mercado de criptomoedas.

Vale lembrar que as maiores empresas de gestão de ativos do mundo administram fundos de investimento em criptomoedas no valor de quase US$ 100 bilhões, dos quais US$ 76,3 bilhões são garantidos por bitcoin.

Em resumo, isso significa que a negociação de criptomoedas mostra que o ETF tem potencial para aumentar significativamente a capitalização total do mercado, mas também para diminuí-la na mesma proporção.

Bitcoin reduzida

Outro ponto a ser analisado é que mesmo as criptomoedas iniciando o segundo trimestre com risco de dependência externa, o bitcoin ainda mantém sua imagem consolidada após perder impulso de alta na segunda quinzena de março, caindo para o suporte de US$ 65 mil.

Contudo, as emoções seguem em linhas opostas, já que o halving diminuirá pela metade o avanço da oferta de bitcoin, o que poderá acarretar numa flutuação negativa, talvez.

Por fim, o efeito das decisões do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) também será sentido tanto no mercado interno, quanto no externo, visto que o processo de redução das taxas de juros americanas movimenta toda a economia mundial.

Especialistas enxergam que esses itens aumentam o apetite ao risco, levando os investidores institucionais a aproveitarem a contínua ascensão do mercado por meio de ETFs de criptos.