Petroleiros do Norte Fluminense rejeitaram a mais recente contraproposta apresentada pela Petrobras para o acordo coletivo de trabalho e decidiram manter a greve, em assembleia realizada nesta sexta-feira, disse o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF).
Segundo a entidade, que é a maior filiada à Federação Única dos Petroleiros (FUP), com mais de 20% de todos os trabalhadores sindicalizados, a proposta da Petrobras apresentou “avanços pontuais”, como a discussão sobre os descontos dos dias parados, mas insuficientes para atender às reivindicações.
O Norte Fluminense inclui os trabalhadores da Bacia de Campos, uma das principais regiões produtoras de petróleo e gás do país.
No início desta semana, a FUP indicou a aceitação da última contraproposta da Petrobras, sinalizando a suspensão do movimento grevista. Dos 14 sindicatos que integram a federação, apenas o do Norte Fluminense decidiu manter a greve, informou a FUP.
Já na Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que representa os trabalhadores da Bacia de Santos, o indicativo é de continuidade da greve.
A adesão integral dos trabalhadores das plataformas da Bacia de Campos “demonstra a força do movimento e envia um recado claro à gestão da Petrobras”, disse o Sindipetro-NF, afirmando que a greve “segue firme” no 12º dia de mobilização.
Fontes ligadas à Petrobras têm afirmado, sob condição de anonimato, que a produção e o refino de petróleo não têm sido afetados pela greve, já que a empresa acionou equipes de contingência.
Procurada, a Petrobras disse que apresentou proposta de acordo coletivo de trabalho com avanços nos principais pleitos sindicais, o que “demonstra seu compromisso com o entendimento com a categoria e busca a suspensão do movimento grevista”.
Segundo a estatal, ao menos sete bases sindicais já formalizaram a aprovação da proposta e o encerramento da greve após deliberação de trabalhadores, enquanto outros sindicatos já estão com assembleias agendadas.
A Petrobras disse ainda que, até o momento, a greve não trouxe impacto à produção, e o abastecimento ao mercado segue garantido.
(Com Reuters)