O agronegócio no Brasil sempre foi fonte de grandes conquistas. O crescimento sustentável do setor vem sendo uma das principais características no desenvolvimento do mercado, o que tem agregado muito valor a quem designa seus investimentos a ele.
Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em 2023, o Brasil deve chegar à marca de terceiro maior produtor de grãos do mundo, superando 300 milhões de toneladas comercializadas, o que o coloca apenas atrás apenas de China e Estados Unidos. Além disso, entre os anos de 2002 a 2022, o PIB agrícola do país saltou de US$ 120 bilhões para US$ 500 bilhões.
Olhando para este cenário, é fácil identificar possíveis portas para investimentos bastante rentáveis no setor e, como consequência, mais desenvolvimento surgindo com empresas que fomentam o agronegócio.
Para Gabriel Lago, sócio fundador da The Hill Capital, escritório de investimentos vinculado ao banco BTG Pactual, antigamente, só era possível investir no agronegócio comprando terras ou gado. No entanto, a história mudou, pois hoje em dia há outras formas de investimento, como a aplicação em empresas que contribuem para o crescimento do setor com produtos e serviços que fornecem.
O executivo explica ainda, que pessoas físicas podem investir em companhias que ajudam no desenvolvimento da tecnologia inserida no agronegócio, como inteligência artificial e metaverso, por exemplo. “O fato de o Brasil ter um clima tropical favorável o ano inteiro, e com grande expansão territorial tanto para o plantio como para a pecuária, torna o país um dos principais produtores do mundo, o que fortalece o mercado e traz um bom retorno a seus investidores.
Tipos de investimentos
Há diversas possibilidades de investimento quando o assunto é agronegócio. O CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio), por exemplo, são títulos de renda fixa que têm lastros nos negócios de produtores ou cooperativas rurais. Inclusive, a principal forma de investimento é por meio de fundos de Agro e ou Renda Fixa que financiam o desenvolvimento do setor.
Entretanto, ainda são poucas as empresas de capital aberto na Bolsa de Valores (B3), o que significa um grande espaço aberto para o surgimento de novos meios de investimento.
Numa segunda etapa, é possível observar as aplicações de alto, médio e baixo risco. Neste contexto estão os Fundos de Private Equity – responsáveis por captar recursos para investir em novas empresas -, que estão começando a atuar no agronegócio. Eles podem ser considerados os de maior risco, já que os investidores apostam em ideias e projetos, que se alcançarem sucesso, alavancam grandes rendimentos.
Por fim, entre outras opções, existem também as LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), que são a forma mais conservadora de investimento.
As letras são emitidas pelos bancos com o intuito de adquirirem fundos para empréstimos a empresas do setor agro. A diferença é que para os investidores, a garantia são os bancos e não os negócios financiados por essas instituições financeiras.
Contudo, lembre-se sempre de analisar o cenário e entender melhor onde você está pisando. Os investimentos podem se tornar atrativos, mas sempre possuem riscos. Com isso, nunca deixe de avaliar qual o melhor formato para o seu perfil de investidor e saiba aproveitar as boas oportunidades.