O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, expressaram otimismo com a resolução das tensões comerciais que têm prejudicado as relações entre os EUA e a Europa, antes de conversas na Casa Branca.
A União Europeia, composta por 27 países, enfrenta tarifas de importação de 25% sobre aço, alumínio e automóveis, além de tarifas mais amplas sobre quase todos os outros produtos, de acordo com a política de Trump de atingir os países que, segundo ele, impõem altas barreiras às importações dos EUA.
Meloni, sentada em frente à mesa de Trump antes de um almoço na Casa Branca, disse estar certa de que eles podem fazer um acordo sobre comércio.
“Tenho certeza de que podemos fazer um acordo e estou aqui para ajudar nisso”, afirmou ela.
Trump disse que, em termos gerais, ele espera fazer um anúncio sobre acordos comerciais, mas não tinha pressa.
“Teremos muito poucos problemas para fazer um acordo com a Europa ou com qualquer outro país, porque temos algo que todo mundo quer”, declarou Trump.
Meloni disse que convidaria Trump para visitar a Itália. Ela também disse que espera que a Itália anuncie na próxima reunião da Otan, em junho, que seu país conseguirá cumprir a exigência da aliança de que cada país membro gaste 2% do PIB com defesa.
“Temos um relacionamento muito bom juntos e como países”, afirmou Trump.
Meloni, conservadora de 48 anos com quem Trump tem se aproximado, foi a única liderança na União Europeia convidada para a posse de Trump em janeiro. A decisão de Trump de suspender a maioria das tarifas globais por 90 dias na semana passada aliviou um pouco a pressão sobre Meloni.
Duas autoridades graduadas dos EUA que informaram os repórteres antes da visita disseram que Trump e Meloni têm um “relacionamento muito especial” e que ele a vê como uma “interlocutora valiosa” entre os Estados Unidos e a Europa.
A reunião ocorre um dia antes de ela receber o vice-presidente JD Vance em Roma. Essas conversas consecutivas podem ser fundamentais para determinar se ela poderá desempenhar um papel de mediadora entre os Estados Unidos e a Europa.
(Com Reuters)
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