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Aversão ao Risco Global Eleva Taxas dos DIs em Sessão de Expectativa pelo Copom

  • 04/11/2025 - 17h01
  • Atualizado 1 mês atrás
  • 4 min de leitura

As taxas dos DIs fecharam a terça-feira com leves altas entre os vencimentos de prazos mais longos, em uma sessão no geral negativa para ativos de risco em todo o mundo, enquanto entre os contratos curtos as taxas terminaram praticamente estáveis, com os agentes à espera do Copom.

No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2028 estava em 13,155%, ante o ajuste de 13,165% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2035 marcava 13,645%, com elevação de 6 pontos-base ante o ajuste de 13,587%.

A sessão desta terça-feira foi marcada pela aversão aos ativos de risco ao redor do mundo, em meio aos receios de que possa haver uma correção intensa no mercado de ações norte-americano, impulsionado nos últimos meses pela euforia em torno da inteligência artificial.

Durante evento em Hong Kong, o presidente-executivo do Morgan Stanley, Ted Pick, citou a possibilidade de “haver reduções de 10% a 15%” nos preços das ações, sem que isso decorra de algum colapso macroeconômico.

Neste cenário, os índices de ações foram pressionados na Europa e nos Estados Unidos, enquanto o dólar ganhou força ante boa parte das demais divisas, incluindo o real. A busca pela proteção dos Treasuries colocou os rendimentos dos títulos norte-americanos em queda, enquanto no Brasil a aversão ao risco se traduziu na alta das taxas dos DIs — em especial entre os contratos mais longos.

Às 10h42, a taxa do DI para janeiro de 2035 atingiu a máxima intradia de 13,670%, em alta de 8 pontos-base ante o ajuste da véspera. Perto deste horário, o dólar à vista oscilava próximo dos R$5,40, com os agentes buscando proteção na moeda norte-americana.

Na ponta curta da curva a termo, porém, as oscilações eram mais contidas e as taxas pouco se afastavam dos ajustes anteriores, com o mercado à espera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a Selic, na noite de quarta-feira.

Perto do fechamento da sessão regular a curva precificava 99% de probabilidade de manutenção da taxa Selic em 15% ao ano. A dúvida é sobre quando exatamente, nos próximos meses, o BC iniciará o ciclo de cortes. As reuniões seguintes do colegiado ocorrem em dezembro, janeiro e março.

Em análise enviada a clientes, o consultor Sérgio Goldenstein, da Eytse Estratégia, afirmou que a comunicação do BC nesta quarta-feira “deve manter uma postura conservadora, apesar de certa melhora na evolução do balanço de riscos, sem qualquer sinalização de corte de juros no curto prazo”.

“Um movimento prematuro por parte do Copom estaria em desacordo com as sinalizações anteriores de manutenção da Selic por período bastante prolongado. Isso poderia comprometer o esforço de reconstrução da credibilidade e de reancoragem, ainda que parcial, das expectativas de inflação”, acrescentou.

Durante evento em São Paulo na manhã desta terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que por mais que o BC seja pressionado a não baixar os juros, as taxas terão que cair.

“Vão ter que cair, vão ter que cair. Por mais pressão que os bancos façam sobre o Banco Central para não baixar juros, elas vão ter que cair”, disse Haddad. “Não tem como sustentar 10% de juro real com a inflação andando em 4,5%. Você vai sustentar um juro de 15% em nome do quê?”

Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a indústria teve em setembro recuo de 0,4% na produção ante agosto e ganho de 2,0% ante setembro de 2024. Os resultados ficaram em linha com as expectativas em pesquisa da Reuters, de queda de 0,4% no mês e de alta de 1,7% na comparação anual.

No exterior, os rendimentos dos Treasuries seguiam em baixa neste fim de tarde, ainda refletindo a busca por segurança. Às 16h35, o rendimento do Treasury de dez anos –referência global para decisões de investimento– caía 2 pontos-base, a 4,087%.

Taxas dos Principais Contratos de DI

  • JAN/27: Taxa 13,865% a.a., Ajuste 13,89%, Variação -0,025 p.p.
  • JAN/28: Taxa 13,155% a.a., Ajuste 13,165%, Variação -0,01 p.p.
  • JAN/29: Taxa 13,11% a.a., Ajuste 13,102%, Variação 0,008 p.p.
  • JAN/30: Taxa 13,275% a.a., Ajuste 13,252%, Variação 0,023 p.p.
  • JAN/32: Taxa 13,55% a.a., Ajuste 13,506%, Variação 0,044 p.p.
  • JAN/35: Taxa 13,645% a.a., Ajuste 13,587%, Variação 0,058 p.p.

(Com Reuters)

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