O investimento em Renda Fixa é procurado por sua segurança e previsibilidade. O que poucos conhecem, porém, são os ETFs de Renda Fixa.
Com eles, o investidor aloca parte da sua carteira em Renda Fixa, aproveitando as vantagens desse tipo de ativo, mas com algumas diferenças importantes.
Se você quer saber o que são esses ETFs e como eles podem contribuir para sua carteira de investimentos e objetivos financeiros, este artigo foi feito para você. A seguir, vamos ver o que são, quais as vantagens desse investimento e como escolher um para compor a sua carteira.
O que é um ETF de Renda Fixa?
Um ETF é um Fundo de Investimento que monta a sua carteira com o objetivo de acompanhar algum índice de mercado. Esse índice pode ser o Ibovespa, o S&P 500 ou qualquer outro, inclusive um de Renda Fixa.
No caso de um ETF de Renda Fixa, esse fundo irá replicar as variações e a rentabilidade de um índice de Renda Fixa. Esses índices são carteiras teóricas compostas, em sua maioria, por títulos de Renda Fixa, que podem ser públicos ou privados.
A negociação desses Fundos acontece na Bolsa de Valores (B3) e eles são comprados e vendidos como se fossem ações.
Normalmente, seus códigos são compostos por quatro letras seguidas do numeral 11.
Ao comprar uma cota, o investidor se expõe a todos os títulos da carteira do ETF. Desse modo, é possível diversificar os investimentos adquirindo apenas um ativo.
Por que investir em um ETF de Renda Fixa?
A Renda Fixa é uma modalidade de investimento que pode ser indicada para qualquer perfil de investidor. Ela pode compor tanto a carteira de um investidor conservador quanto a de um agressivo.
O que irá mudar, normalmente, é a porcentagem que esse investimento representa na carteira.
Mas, afinal, por que investir em um ETF de Renda Fixa?
Quando falamos em um ETF de Renda Fixa, algumas características desse ativo o tornam mais atraente. Confira algumas delas:
Diversificação: ao comprar uma cota de um ETF de Renda Fixa, o investidor fica exposto a todos os títulos que integram o índice de referência. Ou seja, com um único ativo, o investidor tem acesso a uma carteira diversificada.
Negociação: esses ETFs são negociados como se fossem ações. Desse modo, o investidor poderá vendê-los no mercado secundário com a mesma facilidade do mercado acionário.
Baixo valor para começar: a cota de um ETF de Renda Fixa possui um valor acessível, permitindo que o investidor comece com pouco.
Não tem vencimento: ao adquirir uma cota, o investidor pode permanecer com ela pelo tempo que quiser.
É importante, no entanto, que o investidor esteja atento ao investir em um ETF de Renda Fixa, pois algumas características do investimento direto em um título de Renda Fixa não se aplicam aos ETFs. Confira quais são elas:
Garantia do FGC: alguns títulos de Renda Fixa (CDB, LCI, LCA) possuem a garantia do Fundo Garantidor de Crédito. Os ETFs de Renda Fixa não contam com essa proteção.
Oscilação de preços: as cotas são negociadas na B3 e podem oscilar ao longo dos dias, o que pode não ser indicado para investidores mais conservadores.
Imposto de Renda na venda: o Imposto de Renda de um ETF de Renda Fixa é recolhido pelo investidor no caso de venda com lucro, não sendo retido na fonte.
Ou seja, antes de investir em um ETF de Renda Fixa, o investidor deve conhecer as principais características desse ativo para saber se ele contribui para a sua carteira de investimentos.
Lembre-se que este artigo não é uma indicação de investimentos. O conteúdo tem caráter educativo.
Como investir em um ETF de Renda Fixa
Como você viu, existem diversos ETFs dessa categoria negociados na B3. Por isso, faz sentido explicar como você pode escolher o melhor para compor a sua carteira.
Lembre-se que, para isso, esse investimento deve fazer sentido em sua carteira, estratégia e perfil de investidor.
O passo a passo para escolher o seu ETF de Renda Fixa é o seguinte:
Determine seus objetivos com esse investimento.
Avalie o seu perfil de investidor e verifique se esse ativo é adequado para sua carteira.
Analise o ETF para descobrir quais índices ele acompanha e se eles fazem sentido para a sua estratégia.
Com o ETF definido, chegou a hora de comprar o ativo. Como visto, a negociação é muito semelhante à de qualquer ativo de Renda Variável. Para isso, basta seguir estes passos:
Abra uma conta em uma corretora de valores.
Transfira o valor da aplicação.
Busque o ETF pelo código de negociação na plataforma.
Configure a quantidade de cotas desejada.
Confira o valor total da ordem.
Confirme o investimento.
Pronto. Basta esperar a sua ordem ser executada e você acaba de adicionar um ETF de Renda Fixa na sua carteira.
A tributação do ETF de Renda Fixa é uma de suas vantagens. Isso porque ele não possui a cobrança do come-cotas, que ocorre em maio e novembro em outros tipos de Fundos.
Além disso, eles são tributados no momento da venda, mas apenas quando ela resulta em lucro para o investidor. Nesses casos, a alíquota é de 15% sobre o rendimento, independentemente do prazo de aplicação.
Nos Fundos de Renda Fixa tradicionais, a alíquota do Imposto de Renda segue a tabela regressiva que começa em 22,5%, como se o investidor aplicasse diretamente em algum título de Renda Fixa.
Comparativo entre ETF e títulos de Renda Fixa
A tabela a seguir compara o investimento em ETF de Renda Fixa com os investimentos diretos em títulos de Renda Fixa.
É importante conhecer essas diferenças para que você possa decidir se escolhe um ETF ou um título específico de maneira mais consciente, sabendo as principais diferenças entre esses tipos de investimentos.
Característica
ETF de Renda Fixa
CDB
LCI / LCA
Tesouro Direto
O que investe
Replica um índice de Renda Fixa, com uma carteira de títulos públicos ou privados.
Empresta dinheiro a bancos para financiar suas atividades.
Empresta dinheiro a bancos para financiar os setores imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA).
Empresta dinheiro ao Governo Federal.
Tributação
Imposto de Renda de 15% sobre o lucro na venda, independentemente do prazo.
Imposto de Renda regressivo, de 22,5% a 15% sobre o rendimento, conforme o tempo de aplicação.
Isenção total de Imposto de Renda para pessoas físicas.
Imposto de Renda regressivo, de 22,5% a 15% sobre o rendimento, conforme o tempo de aplicação.
Proteção do FGC
Não possui a garantia do Fundo Garantidor de Crédito.
Possui a garantia do FGC até R$ 250 mil por CPF e por instituição.
Possui a garantia do FGC até R$ 250 mil por CPF e por instituição.
Não possui FGC, mas é considerado o investimento mais seguro do país.
Liquidez
Negociado na B3, com liquidez diária.
Varia. Pode ser diária ou apenas no vencimento, dependendo do título.
Varia. Geralmente possui liquidez no vencimento ou em prazos de carência definidos.
Diária, pois o governo garante a recompra dos títulos, mas pode sofrer com a marcação a mercado.
Afinal, o ETF de Renda Fixa vale a pena?
Assim como qualquer outro investimento, a decisão de se ele vale a pena ou não irá depender de diversos fatores.
Apesar de esses ETFs apresentarem algumas vantagens interessantes, como a possibilidade de diversificar os investimentos com um único ativo e a facilidade de negociar esse ativo, é preciso ter cuidado.
Isso porque, embora sejam relacionados à Renda Fixa, esses ETFs não oferecem a garantia do FGC, algo que existe em alguns títulos de Renda Fixa.
Por isso, antes de investir, cabe ao investidor analisar esse tipo de investimento e descobrir se ele se encaixa em sua estratégia de alocação de ativos. Dependendo de seu perfil de investidor e de seu objetivo com o investimento, o ETF de Renda Fixa poderá ser um grande aliado para a consolidação da sua carteira de investimentos.
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